O Estado de S.Paulo
Com mais de 20 mil casos de dengue registrados até a primeira quinzena deste mês no Estado de São Paulo, a Secretaria da Saúde, em parceria com a Polícia Militar, começou ontem um trabalho batizado de “esquadrão antidengue”, que contará com 60 funcionários treinados visando a reduzir o número de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A operação começou por Sumaré, quinta cidade com o maior número de casos de dengue no Estado. Até agora foram 900 registros.
Os funcionários ficarão até sexta-feira no município. Em cada visita do “esquadrão” haverá pulverização dos imóveis, para tentar eliminar mosquitos adultos. Além disso, os profissionais irão orientar a população e tentar acabar com criadouros do mosquito, como pneus velhos, latas e garrafas vazias e recipientes que possam armazenar água. O Aedes se reproduz em água parada e limpa.
“É de extrema importância a agilidade no combate à dengue porque o ciclo de reprodução do mosquito é muito rápido”, disse Affonso Viviani Júnior, coordenador do Comitê de Combate à Dengue. São José do Rio Preto é a cidade com o maior número de casos da doença no Estado neste ano. Foram 1.507 registros até a primeira quinzena deste mês. No total, o Estado confirmou entre janeiro e a última sexta-feira 20.341 casos de dengue.
NOVOS FUNCIONÁRIOS
Além do “esquadrão”, a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) anunciou que contratará mais 120 pessoas para ajudar as prefeituras no combate à dengue durante o ano todo. O edital do concurso ainda não foi publicado, mas a proposta é contratar 90 desinsetizadores, 20 motoristas, 9 funcionários para trabalhos administrativos e 1 engenheiro. Os salários variam de R$ 864,95 a R$ 2.804,05.
No País, foram notificados até o dia 26 de março, no último boletim do Ministério da Saúde, 134.909 casos suspeitos, dos quais 55.567 (41,2%) estão em Mato Grosso do Sul, onde há uma epidemia da doença.
CONFIRMAÇÃO
A cabeleireira Carmem Lúcia de Oliveira Santos, de 37 anos, moradora em Ubatuba, no litoral norte paulista, morreu vítima de dengue hemorrágica, no dia 31 de março. A informação foi dada ontem pela Secretaria Municipal de Saúde, depois que um laudo do Instituto Adolfo Lutz confirmou “dengue hemorrágica nível 4”. A mulher morreu em São Paulo, no Hospital das Clínicas.
Um outro caso, de dengue hemorrágica nível 3, também foi confirmado, mas o paciente conseguiu se recuperar e passa bem. Um terceiro ainda aguarda o resultados do exame.