Governadores dos dois estados visitam Paulicéia e lançam fase de concretação da ponte que passa sobre o Rio Paraná
Thaís Orlandine, da Reportagem Local
A ponte que liga as cidades de Paulicéia (SP) e Brasilândia (MS) teve suas obras retomadas ontem de manhã, quando, em visita, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Mato Grosso do Sul, José Orcílio dos Santos (Zeca do PT), lançaram a fase de concretação da ponte. A obra, orçada atualmente em R$ 60 milhões, conta com R$ 11,5 milhões liberados, segundo Alckmin. “Esta é uma obra de grande interesse e importância, pois vai possibilitar o escoamento da produção agrícola, expandindo possibilidades e beneficiando econômica e socialmente os dois estados”, disse o governador de São Paulo. Estiveram presentes senadores, deputados e prefeitos representando MS e SP, além do ministro da Coordenação Política e Assuntos Institucionais, Aldo Rebelo, representando o governo federal. Ministro e governadores acionaram, às 11h45, dispositivo para concretização da ponte.
Alckmin afirma que a construção da ponte é um sonho de quatro décadas. “São quarenta anos de espera e acredito que, agora, poderemos ver esse projeto realizado”, comentou, em discurso.
Para o governador de Mato Grosso do Sul, a interligação beneficia, ainda, o turismo e o eixo sul americano de produção. “Esta ponte é estratégica. Outro desejo que temos é de ver a ferrovia Noroeste em pleno funcionamento. E, para isso, precisamos unir poderes dos dois estados para o trecho que liga Corumbá à Bauru”, disse.
O ministro afirma que, para o governo federal, a obra é de suma importância. “Eu me comprometo e dou a minha palavra. Esta obra será concluída, porque é de interesse nacional. O desenvolvimento do País depende, também, de infra-estrutura, e o presidente está empenhado nesta questão. Não teremos sossego enquanto esta ponte não ficar pronta. Dou minha palavra”, falou.
Segundo Rebelo, em relação aos recursos que por contrato ou compromisso dependam do governo federal, houve empenho para a liberação. “Com a primeira parcela liberada, cerca de R$ 12 milhões, mais 20% do governo do Estado as obras puderam ser iniciadas. Iremos nos empenhar nesta questão até o término desta estrutura”, declarou.
O secretário de Energia, Recursos Humanos e Saneamento de São Paulo, Mauro Arce, que também esteve presente no evento, afirmou que as bancadas de deputados dos dois estados contribuíram para a retomada da obra. “A superestrutura começará a ser feita, e possibilitará transporte, renda, desenvolvimento e expansão para municípios. A Geografia não será mais impedimento para a ligação de dois estados, neste caso”, disse.
Ponte – A construção será executada pela Companhia Energética de São Paulo (CESP) e permitirá um vão de navegação de 200 metros. A ponte terá 1.705 metros de comprimento, com duas mãos de direção em pista única. A infra-estrutura é composta por 154 estações e 33 blocos, a meso-estrutura por 52 pilares e 31 vigas travessas, que garantem a segurança da obra. O trecho convencional, de 29 vãos, já possui 40 vigas concluídas, os vãos de 1 a 5. O trecho dos vãos estaiados possuirão 17,30 metros de largura, e os não estaiados, 15,90 metros.
