Consórcio liderado pela CBPO fica com linha 4 do metrô paulista

Valor - 25/6/2003

qua, 25/06/2003 - 10h24 | Do Portal do Governo

Roberto Rockmann e Leonardo Goy, de São Paulo


Valor – 25 de junho de 2003

Depois de dois adiamentos, finalmente o Metrô de São Paulo anunciou os nomes dos consórcios escolhidos para a construção da primeira etapa da sua linha 4, que ligará a Vila Sônia (zona Oeste) ao centro da cidade. Com orçamento de R$ 1,8 bilhão, essa etapa deve ser iniciada no segundo semestre e é o passo inicial para a obra, um dos principais projetos do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Os lotes 1 e 2 do trecho foram conquistados pelo consórcio Via Amarela, formado por CBPO, OAS, Alstom e Queiroz Galvão. Já o grupo formado por Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens foi escolhido para o lote 3. A confirmação dos vencedores, no entanto, só será feita depois de um período de 90 dias, quando haverá análise detalhada da proposta técnica apresentada junto com a proposta de preço.

O consórcio liderado pela CBPO ofereceu o menor preço para construção do lote 1 (trecho que vai da estação da Luz à entrada da estação Fradique Coutinho) e do lote 2 (trecho que interliga a estação Fradique Coutinho à entrada do Pátio Vila Sônia), pelos valores de R$ 868 milhões e R$ 730 milhões, respectivamente.

Para o terceiro, que consiste no pátio de operações da linha, o grupo da Camargo Corrêa ofereceu R$ 220 milhões. Ao todo, 13 consórcios apresentaram proposta para o projeto.

Depois de iniciada essa parte das obras, o Metrô pretende lançar um segundo edital de licitação, que trará uma novidade no Estado: a iniciativa privada terminará a obra e ficará encarregada de tocar a concessão dos serviços públicos. Na segunda fase, devem ser investidos mais de US$ 300 milhões. O prazo final das obras é 2006.

Além dos recursos das empresas, o governo conta com financiamentos do Banco Mundial (Bird) de US$ 209 milhões. Outros US$ 209 milhões estão sendo negociados com o Japan Bank for International Development. Parcela de mais de US$ 300 milhões virá do Tesouro paulista.

A entrega das propostas estava inicialmente prevista para 14 de março. Foi adiada em um mês pelos questionamentos das empresas que participavam do processo. Mais de 700 perguntas foram enviadas. O processo foi novamente suspenso em abril pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por alegações de uma empresa de que havia problemas no edital. No fim de abril, o TCE julgou a ação improcedente.