Bárbara Souza
O que a Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem) tem a ver com a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban)? Até ontem, nada. Agora, integram uma união de entidades a favor da Febem, batizada informalmente de Confraria do Bem.
O nome saiu de uma reunião realizada ontem no Tribunal de Alçada Criminal (Tacrim), com empresários, educadores, membros do governo e juízes, para discutir ações em benefício da Febem. Nenhuma iniciativa foi formalizada ainda.
O encontro foi um debate para buscar caminhos para atender o interno e evitar novas internações. ‘A população carcerária se multiplicou e, mesmo assim, a criminalidade não cessa’, disse o presidente do Tacrim, José Renato Nalini. ‘Não precisamos só combater efeitos, temos de combater as causas.’
Para o presidente da Febem, Alexandre de Moraes, também secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania, esse foi um passo importante para a criação de cursos profissionalizantes para internos da entidade. ‘Pensamos na possibilidade da criação de módulos, em que cada empresa adota uma Febem, não no aspecto financeiro, mas da comunidade.’
NOMES DE PESO
Influente no meio judiciário, o secretário conseguiu também chamar a atenção de um outro público. Levou à reunião nomes de peso, como os presidentes da Febraban, Marcio Cypriano, e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Deles, conseguiu a promessa de iniciativas.
‘Estamos para fechar um importante convênio com a Federação do Comércio, outro com a Associação Comercial, e estamos conversando com a Fiesp’, disse Moraes.
A Febraban pode estudar propostas com os bancos. ‘Podemos reunir esforços para ter uma ação mais concentrada’, disse Cypriano, também presidente do Bradesco, que possui uma fundação que faz trabalhos com a Febem. ‘Até o fim do ano, teremos atendido 2 mil jovens da Febem pela fundação.’
Paulo Skaf pretende avaliar iniciativas. ‘Essa reunião foi um encontro em que cada um pôde se manifestar sobre a preocupação com o jovem.’
