Concurso para professor estadual tem 15.308 vagas

Jornal da Tarde - Quarta-feira, 3 de agosto de 2005

qua, 03/08/2005 - 9h05 | Do Portal do Governo

Os interessados em dar aulas de educação física e filosofia e para turmas de 1ª a 4ª séries devem se inscrever de 11 a 19 de agosto. A taxa é de R$ 29 e as provas acontecem em setembro. Salários são de R$ 1.000, com gratificação

Aryane Cararo

A Secretaria de Estado da Educação anunciou ontem a abertura de concurso para contratação de 15.308 professores. As inscrições começam em 11 de agosto e vão até o dia 19. As vagas estão abertas para pessoas que tenham curso superior ou que vão concluí-lo neste ano e queiram dar aulas para 1ª a 4ª séries, de educação física e filosofia. Os interessados podem se inscrever nas agências da Nossa Caixa e no site da Fundação Cesgranrio, que organizará o concurso, e devem pagar uma taxa de R$ 29. O secretário, Gabriel Chalita, diz que as provas devem acontecer no início de setembro. Não é possível se inscrever em mais de um exame. Os aprovados começam a dar aulas em fevereiro de 2006.

‘Nesse concurso, a quantidade de inscritos deve ser de três a quatro vezes o número de vagas’, arrisca Chalita, o que daria de 45 a 61 mil candidatos. O maior número de vagas será oferecido para professores de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental, chamado de educação básica 1 PEB1. Serão 10.268 selecionados. Também são ofertadas 4.930 vagas para professor de educação física e 110 para professores de filosofia, que darão aulas a alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e para o ensino médio (educação básica 2 ou PEB2). Os salários, com gratificação, são de R$ 1.000,65 no início de carreira. As provas serão divididas em duas partes e têm caráter eliminatório – a de formação básica terá 80 questões objetivas e a específica terá quatro perguntas dissertativas.

Como o resultado do concurso tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois, é possível que mais candidatos aprovados sejam chamados. ‘Filosofia, por exemplo, inicia com 110, mas deve chegar a 600’, diz Chalita.

No último concurso realizado, em 2003, inscreveram-se 250 mil pessoas para 49 mil vagas de PEB2 – para todas as disciplinas, exceto educação física e filosofia. Na PEB1, a última prova para contratação aconteceu há 12 anos, o que explica a grande quantidade de professores temporários na rede. Segundo Chalita, hoje a proporção é de meio a meio para efetivos e temporários nas turmas de 1ª a 4ª séries. ‘Acho que vamos chegar (com o concurso) a pouco mais de 20% de temporários e o resto de efetivos.’

Chalita explica que não será possível substituir todos os temporários, uma vez que é necessária uma jornada de 25 horas para a criação do cargo efetivo e há escolas que não chegam a ter este volume de aulas. ‘Se ele tiver muito tempo, dificilmente será dispensado’, disse o secretário sobre a possível dispensa de temporários. Os temporários aprovados terão preferência na escolha da instituição escolar. Além disso, o período em que trabalharam na rede será contabilizado (carreira, tempo, salário), como se eles tivessem sido concursados. ‘Tudo isso conta, o problema é se ele não passa.’

Hoje há 210 mil educadores na rede estadual, entre professores, diretores e supervisores. Destes, cerca de 60% são concursados. Os funcionários efetivos têm vantagens que não podem ser estendidas aos temporários – como bolsa mestrado e bônus uma vez ao ano.