Com impulso do álcool, emprego industrial cresce 1,09% em SP

O Estado de S.Paulo - Quarta-feira, 13 de junho de 2007

qua, 13/06/2007 - 11h33 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

As usinas de açúcar e álcool continuam a sustentar o crescimento do nível de emprego na indústria paulista. Segundo a pesquisa mensal de emprego da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), da alta de 1,09% em maio ante abril, 0,73 ponto porcentual corresponde a vagas criadas nesse setor.

Foram 16,1 mil postos abertos no mês passado só pelas usinas, de 24 mil no total da indústria paulista. De janeiro a maio, as usinas de açúcar e álcool participam com 73% de todo o emprego industrial gerado no Estado. Não por coincidência, os setores com pior desempenho no indicador são couro, calçados, material eletrônico, vestuário e móveis, contemplados com as medidas anunciadas hoje para compensar os efeitos negativos do real valorizado.

O nível de emprego apurado pela Fiesp vem registrando aumentos seguidos desde janeiro. E acumula, no ano, uma alta de 6,66% sobre dezembro, podendo se aproximar ou até superar o total de 2004. Naquele ano, considerado ótimo pela indústria, a variação foi positiva em 7,45%, com a criação de quase 145 mil postos. Em 2006, o emprego teve queda de 0,25%.

Além de açúcar e álcool, outro setor de destaque positivo no índice foi produtos alimentícios e bebidas, com alta de 3,34% em maio ante abril, puxado pela fabricação de suco de laranja, segundo o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini.

MÃO-DE-OBRA

Apesar de liderar a criação de vagas, as indústrias do setor de fabricação de açúcar e álcool lutam contra a falta de mão-obra. Em Piracicaba, trabalhadores que estavam aposentados voltaram à ativa e patrões e empregados se unem para instalar cursos de treinamento para formação de novos profissionais. Enquanto isso, a atividade industrial se mantém com trabalhadores ‘importados’ de outros centros.

‘Estamos importando trabalhadores de Osasco, Campinas e outras cidades. O aquecimento do setor sucroalcooleiro está causando a falta de mão-de-obra nas indústrias que fabricam usinas’, diz José Luiz Ribeiro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região. Dos 20 mil trabalhadores, 4,4 mil são aposentados que voltaram ao trabalho devido à falta de profissionais.