Carlos Eduardo Valim
São Paulo
As 103 empresas integrantes do centro devem faturar R$ 31 milhões em 2005
O Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) lançará edital nesta semana para a construção de parque tecnológico na Universidade de São Paulo. Numa primeira fase serão investidos R$ 3 milhões para a instalação de 20 empresas – metade em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundo Verde-Amarelo e a outra metade da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de Sâo Paulo.
O parque concentrará empresas em período pós-incubação, com tecnologia pronta, mas necessidades de melhor capacitação gerencial. Contará também com braços de pesquisa e desenvolvimento de grandes e médias empresas, para colocá-las em proximidade com a universidade e aproveitar a Lei de Inovação. ‘Estamos em conversas com algumas empresas, mas divulgaremos edital em três meses para dar oportunidades a todas’, diz o gerente do Cietec, Sergio Wigberto Risola.
O centro planeja faturar cerca de R$ 31 milhões em 2005, em comparação com os R$ 20,2 milhões do ano passado. ‘Significará R$ 6 milhões de impostos pelo Simples. Um ganho de quatro vezes em relação ao R$ 1,5 milhão recebido do Sebrae e do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)’, conta.
Fundada em 1998, a incubadora nasceu de um convênio entre a secretaria, o Sebrae-SP, a USP, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Atualmente possui 103 empresas em suas instalações. E, segundo Risola, chegou ao tamanho ideal. Até o momento 36 empresas já saíram do Cietec. A expectativa é de a partir de agora começarem a se ‘graduar’ entre 20 e 30 empresas por ano.
Uma das que já estão em vôo solo é a Mamute Mídia, que saiu há cinco meses, depois de ter sido fundada em 1996 e ter aderido ao Cietec há três anos com o objetivo de aprimorar a gestão e reinventar a empresa. ‘O faturamento aumentou cerca de 200% no Cietec’, expõe o diretor de produção, Gian Zelada. O resultado reflete o aprofundamento do foco em software de e-learning para o ensino técnico de jovens. Nos próximos meses, dará início a um projeto de curso on-line sobre meio ambiente para escolas públicas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além da distribuição de CD-ROM do atlas do ecossistema da América do Sul e Antártida, pedido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Entre as novatas, está a Compass, incubada desde o início do ano. No período, conseguiu três clientes corporativos de software para dispositivos móveis. A empresa agora está em fase de desenvolvimento de soluções, voltadas às operadoras celulares, de serviços baseados em localização, como marketing móvel, jogos e blog móvel.(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 1)
