CICs atendem população da periferia

SP TV 1ª Edição - Sexta-feira, 16 de março de 2007

sex, 16/03/2007 - 13h54 | Do Portal do Governo

Do SP TV

Eles facilitam a vida de quem precisa de documentos, de orientação jurídica, até de emprego e ainda oferecem educação e lazer.

Morar na periferia significa muitas vezes estar longe das oportunidades. Distância que dona Iara viu diminuir de um ano para cá.

Ela mora num conjunto habitacional de Capão Redondo, na zona sul, e descobriu que pertinho de casa há um centro de integração da cidadania, conhecido como CIC, que oferece vários serviços.

“RG, eu já fiz o cadastramento do CPF, arrumei minhas prestações do CDHU. Corte de cabelo, meu filho já veio fazer aqui sala de leitura”, conta Iara Pereira, dona de casa.

No ano passado, somente um centro atendeu 63 mil pessoas. Mais da metade foi ao local em busca de orientação jurídica.

“É feita por um advogado que realiza esse atendimento para todas as causas então qualquer pessoa do Brasil inteiro vai ser bem atendido receber todas as orientações enfim todo encaminhamento”, afirma Lúcia de Fátima Eiras, diretora técnica do CIC.

São 2.800 processos abertos. Pequenas causas, casos de família: guarda de filhos e pensão alimentícia.

Na capital há seis centros de cidadania. Na zona sul tem em Capão Redondo, Campo Limpo e Jabaquara. Na zona leste, no Itaim Paulista. Na oeste, em Parada de Taipas e na zona norte é no jaçanã.

Na Grande São Paulo são três: Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos e Guarulhos. No interior há um em Campinas.

Na unidade de Campo Limpo seu Zanildo foi buscar o documento de identidade do filho.

“Consegui pegar o RG dele e ai graças a Deus agradeço por isso”, diz Zanildo Ramos, desempregado.

Lá também há um posto de atendimento ao trabalhador que recebe 200 pessoas por dia. Kelly deu entrada no seguro desemprego.

“Onde a gente fez a homologação estava cheio foi lá no centro e aqui é muito mais perto, é bem pratico”, acredita Kelly Cristina da Silva, desempregada.

Fabrício está a procura de uma vaga. “Eles te dão encaminhamento para empresa se faz a ficha lá e faz a entrevista direto”, conta Fabrício Alves, desempregado.

Polícia civil e militar também estão perto da comunidade. ”É mais próximo de casa e eles tratam a gente muito bem, e na delegacia tem aquele corre-corre policial e bandido. É melhor aqui”, acredita Eva Rodrigues, dona de casa.

Lazer é parte importante do programa. Biblioteca, tênis de mesa e aulas de xadrez, que exigem atenção.

Davi é um voluntário dedicado. Ele trabalha para que estes meninos vençam o jogo ao fazer as escolhas certas.

“Aqui a juventude tem todas as oportunidades pra dar errado tem sempre alguém pra levar caminho errado. O xadrez traz essa idéia e manter eles longe desse monte de coisa ruim lá fora”, garante Davi Batista Santos, voluntário.