Centro de Controle Operacional, que fica na Rua Vergueiro, faz 30 anos e será reformulado, com a instalação de um novo simulador computadorizado
DANIEL GONZALES
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O Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô, na Rua Vergueiro – o “cérebro” de todo o sistema, de onde são comandadas em tempo real 117 composições nos 60,5 km de trilhos e as 54 estações do sistema – completa 30 anos, na terça-feira, com uma novidade. O CCO vai ganhar um simulador computadorizado para treinamento e reciclagem dos sete supervisores e 66 operadores que ali trabalham.
O equipamento, chamado de Simulador de Estratégias Operacionais (SEO) é formado por dois módulos com um computador central e cinco monitores de cristal líquido. Nele, segundo o coordenador do CCO, Bernardo Gorodeski, é possível programar, tal como num simulador de avião, vários tipos de ocorrências operacionais para que se verifique como os funcionários reagem a falhas que podem ocorrer durante a operação normal.
“Os técnicos têm de resolvê-las com rapidez e exatidão. Desse treinamento depende o êxito na operação e a segurança no fluxo dos usuários”, explica.
O equipamento não serve apenas para simulação de falhas. Horários e dias que já têm operação diferenciada e maior movimento, como a saída antecipada para feriados, podem ser reproduzidos no equipamento. O Metrô pode usar resultado desses treinamentos para aumentar ou reduzir a oferta de trens durante a operação real.
Em outro setor do CCO, conhecido entre os metroviários por “sala negra”, os funcionários podem observar o que está ocorrendo em determinado momento em qualquer uma das estações, pois as imagens de cada uma das 433 câmeras chegam ali.
É dessa sala que são definidas estratégias operacionais para casos de emergência, como blecautes. No último deles, ocorrido em 2002, todos os passageiros que estavam nos trens tiveram de abandonar as composições andando pelos túneis. No último dia 15, quando a Capital parou por causa dos ataques promovidos pelo PCC, o sistema de Metrô permaneceu em operação graças ao controle e à observação realizados ali.
Do CCO do Metrô ainda é possível falar com qualquer estação ou com qualquer operador de trem, mesmo em movimento. Os computadores controlam cada trecho de Metrô, mantendo a velocidade e a distância entre os trens.
