Cavernas do Vale do Ribeira mais protegidas

O Estado de S. Paulo

ter, 30/03/2010 - 8h33 | Do Portal do Governo

Primeiro foi a vez da Caverna do Diabo, há duas semanas. Hoje, após quase dois anos de trabalho, serão entregues os planos de manejo espeleológico do Parque Estadual Alto Ribeira (Petar), Intervales e Rio do Turvo, na região do Vale do Ribeira. Você deve estar se perguntando que diferença isso faz para os turistas. E a resposta é: muita.

Os planos de manejo, encomendados pela Secretaria do Meio Ambiente para o Instituto Ecos, são fundamentais para definir a forma de visitação nas 32 cavernas e trilhas dos parques. “Descobriu-se, por exemplo, que o número de turistas na Santana, no Petar, pode ser ampliado”, explica o geógrafo que coordena o trabalho na Fundação Florestal, Maurício Marinho. “Já a Gruta do Minotauro, em Intervales, poderá ser fechada por ter formações muito sensíveis.”

Outra que tem chance de ganhar diferentes rotas de exploração é a Ouro Grosso, no mesmo parque. Hoje, visitantes chegam apenas até a primeira queda d”água. O plano sugere que sejam feitas mais duas rotas: uma que leve a seus abismos e outra, mais técnica e com o auxílio de cordas, com saída pelo rio.

A proposta inclui, ainda, a criação de uma trilha de 250 quilômetros, unindo Petar, Intervales e Rio do Turvo, com saídas a cada 15 quilômetros. Segundo Anna Carolina Lobo, gerente de Ecoturismo da Fundação Florestal, a ideia é que o primeiro trecho, de 150 quilômetros, seja entregue até o fim do ano.

Para que as sugestões descritas no plano de manejo sejam efetivamente aplicadas ainda será preciso a aprovação do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo das Cavernas (Cecav), órgão ligado ao Ibama. Mas para quem vive do turismo na região, é o suficiente para ter otimismo. “Estamos contentes. O plano vai beneficiar o turismo e a preservação das cavernas”, diz Sérgio Ravacci, da agência local Ecocave. “Se as propostas forem aceitas, será bom para todos.”