Da Reportagem
O número de casos de gravidez na adolescência caiu 29% em sete anos em todo o Estado. Na Baixada Santista, a queda foi de 27%, no mesmo período. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde, entre 1.998 e 2.005.
A redução de casos de gravidez na adolescência vem ocorrendo ano a ano, tanto no Estado quanto na região. Mas, em todo País, houve um aumento no número de casos. Em 1.998, 515 mil mulheres menores de 20 anos ficaram grávidas. No ano passado, aumentaram 12%.
Outra queda expressiva registrada no Estado foi a de gravidez em meninas com idade entre 10 e 14 anos. Em 1.998, foram 4.528 casos. No ano passado, foram 3.181, queda de 29,7%. Na Baixada Santista, a redução foi ainda maior: 34,46%. Em 1998, foram 206 casos e 135 em 2005.
Também nos últimos anos, foi caiu em 32,12% o número de adolescentes que tiveram o segundo filho. Em 1.998, foram 26.237 casos e, em 2.005, 17.809. A meta do Estado é reduzir os índices de gravidez em 50% em meninas com idade entre 10 e 14 anos e o do segundo filho em adolescentes, nos próximos cinco anos.
A ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado, atribui a queda nos índices, em parte, ao trabalho desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde.
Na Capital, as adolescentes, desde o início da década de 90, contam com um serviço especializado. Na Baixada Santista, há apenas uma Casa do Adolescente, que fica em São Vicente.
Na Cidade, há serviços mantidos pelo Município. No Hospital e Maternidade Silvério Fontes ocorrem reuniões voltadas para adolescentes grávidas e consultas obstétricas. ‘‘Mas o primeiro atendimento e o pré-natal devem ser feitos nas unidades básicas de saúde’’, salienta o ginecologista Gilberto Moreira, coordenador do Programa Saúde da Mulher da Prefeitura.
