Casal de tigres-de-bengala é nova atração no Zôo de SP

O Estado de São Paulo - Quarta-feira, dia 2 de agosto de 2006

qua, 02/08/2006 - 11h04 | Do Portal do Governo

Babu e Thainá são de espécie ameaçada de extinção e vieram da França

Juliano Machado

Até ontem, Lucas Vieira de Araújo, de 7 anos, imaginava que todos os tigres fossem como aqueles de desenho animado. “Mas não existe só o amarelo com listra preta?”, indagou, ao ver Babu e Thainá. O exótico casal de tigres brancos foi exposto pela primeira vez aos visitantes do Zoológico de São Paulo, na zona sul. A surpresa de Lucas não é estranha: em seus 48 anos, o Zôo nunca teve um exemplar dessa variedade de tigre-de-bengala da Índia, ameaçada de extinção. Os dois se juntaram aos outros 3.500 animais do zoológico, o maior da América Latina. Outro novo morador é Carol, um filhote de tamanduá-bandeira de apenas 36 dias.

Os tigres foram doados pelo Parque Les Felines d’Auneau, um importante centro de preservação de felinos na França. Chegaram em maio e passaram por adaptação antes de serem apresentados. O diretor técnico-científico do zoológico, José Catão Dias, comemorou a vinda dos animais.

“Até o início dos anos 90, tivemos um tigre-de-bengala amarelo. É a primeira vez que temos brancos. São particularmente bonitos, uma atração garantida.” Segundo Dias, há cerca de 250 deles em cativeiro no mundo. No Brasil, só o Beto Carrero World, em Santa Catarina, já tinha uma fêmea.

A estréia de Babu e Thainá, porém, foi atrapalhada pelo frio, que afugentou os visitantes. Dóceis e jovens, os dois passam os dias brincando em um espaço separado do público por um fosso, no qual há uma rede para protegê-los de quedas.

CAROL

A recém-chegada fêmea de tamanduá-bandeira tem um companheiro inseparável: uma tartaruga de pelúcia. O brinquedo passou a fazer o papel da mãe, que fugiu de uma fazenda no interior paulista. O filhote foi levado para a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde recebeu tratamento antes de ser doado ao Zôo. A bióloga Mara Marques, do setor de mamíferos, contou que a fêmea foi batizada como Carol em homenagem a uma das universitárias que cuidaram dela. No Zôo, recebe mamadeira a cada quatro horas.