MARISA FOLGATO
Os candidatos a motorista no Estado vão ter cada passo rastreado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A primeira etapa começou na segunda-feira, com a exigência da identificação digital eletrônica em todos os postos que fazem exame médico e psicológico para a obtenção da carta nova. Em breve, o sistema de biometria, em que a pessoa encosta o dedo em um aparelho para se identificar, será estendido ao controle da freqüência nas aulas nos centros de formação de condutores CFC e aos exames teórico e prático.
Na segunda-feira, começa o uso nos testes médico e psicológico para renovar a carteira. E, em dez dias, o controle chega aos exames teóricos da Capital. ‘Queremos evitar que, eventualmente, uma pessoa se passe por outra. Acabar com a possibilidade de fraude’, disse o delegado José Brandini Júnior, coordenador do programa. Todo o processo será acompanhado pelo Detran por meio da internet.
O Estado está investindo R$ 18 milhões em tecnologia no departamento, mas cada clínica e CFC tiveram de adquirir seu aparelho – custo entre R$ 300 e R$ 400. Além do candidato, médicos e psicólogos também têm de avalizar o teste com sua digital.
O sistema tem apresentado problemas na transmissão dos dados. Segundo a psicóloga Ivone Duarte, que tem uma clínica no Jardim Paulista, constava para ela que a digital estava cadastrada. ‘Mas, quando ia conferir na internet, não havia registro. ‘Talvez tenha de chamar as pessoas de volta.’
A médica especialista em medicina do tráfego Maria Inês Senne, que só trabalha com renovação de carteira e precisará iniciar a transmissão oficialmente apenas segunda-feira, disse que, em teste, o sistema funcionou bem. ‘Mas na segunda-feira não gravava.’
O delegado Brandini garantiu que vai verificar eventuais falhas e corrigi-las. O Estado tem 1.610 médicos e 1.473 psicólogos que aplicam os testes em motoristas.
