Do Jornal Nacional
A 50 dias da chegada do papa ao Brasil, detalhes do cerimonial vão sendo revelados. Os objetos que serão usados por Bento XVI são únicos e confeccionados com todo o cuidado.
Para os lençóis do Papa, o mais fino algodão do Egito. O algodão do Brasil está na colcha, toalhas e chinelos. Tudo com o brasão do Vaticano. A hospitalidade brasileira quer que Bento XVI sinta-se em casa.
“Espero que tenhamos conseguido tornar as noites do Papa aqui no Brasil o mais agradável possível”, declarou o empresário Romeu Tussardi Filho.
Para essa missão, só as melhores costureiras foram escolhidas e até cederam ao pecado da vaidade.
“Contei em casa. O pessoal fala que eu estou muito metida”, brincou a costureira Marquesa Melo.
Agora, paz, elas não têm. A estilista Jandira de Sousa exige perfeição.
“Elas têm que saber quantos pontos por centímetro a máquina tem que estar regulada. Tudo em função da qualidade”, cobra Jandira.
Em outra oficina, a arte sacra que será usada na missa em que Frei Galvão será canonizado. Serão 26 cálices para os bispos e 600 patenas, com uma proteção contra chuva, que vão guardar as hóstias para os fiéis.
Já uma peça é única e apenas o Papa vai usá-la para cobrir o cálice dele durante a missa em São Paulo.
O cálice ainda não está pronto. O trabalho será de Paulo, que os amigos chamam de “mão santa”.
“Faço com todo amor e carinho mesmo, do coração”, afirmou o artesão.
Este é o espírito da oficina, comandada por um devoto de Santa Terezinha.
“Santa Terezinha sempre faz tudo com amor. Se vier dinheiro, vem, se não vier, não tem importância. Mas com amor é o principal. E agora para o Santo Papa, é uma emoção muito grande”, declarou Luís Carrara, dono da empresa.