Polícia Militar instala 30 aparelhos nas ruas que captam movimentos e abandono de objetos
Uma equipe 60 policiais militares tem observado o paulistano com um olhar diferente. Trinta câmeras especiais, equipadas com software inteligente, flagram, desde janeiro, situações atípicas pelas ruas – como abandono de objetos, corre-corre nos arredores de estádios de futebol e carros na contramão. Diante de uma dessas cenas, é disparado um aviso sonoro e alertas no painel da central de monitoramento na Luz.
Segundo o major Alfredo Deak Junior, responsável pelo Centro de Processamento de Dados (CDP) da corporação, os equipamentos estavam em testes desde novembro do ano passado e, há dois meses, passaram a funcionar oficialmente. O major contou que as câmeras estão em pontos considerados estratégicos – entre eles, parques públicos, ruas próximas a campos de futebol e, ainda, em endereços de consulados.
Fixas
De acordo com o oficial, ao contrário das 250 câmeras tradicionais, vistas normalmente em postes da Capital, as com software inteligente são fixas e não giram em torno de seu próprio eixo. “As câmeras podem emitir sinais para o operador como, por exemplo, em caso de movimentação anormal de pessoas como abandono de objeto”, conta. “O operador pode programá-la como quiser.” O major explica que, onde já existe a câmera antiga, também está a nova, que dispara um sinal.
Um dos exemplos pode ser visto na Avenida Tiradentes, onde estão os quartéis da PM, incluindo o da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A reportagem apurou que as câmeras fixas também foram para as imediações do Largo do Arouche, no Centro, e bairros nobres como Moema e Vila Olímpia, na zona sul.
A central de monitoramento foi ampliada e conta atualmente com 20 televisores de 42 polegadas e 25 monitores instalados. O efetivo também está sendo revisto em razão do aumento da quantidade de câmeras, de modo que haja um policial para cada dez câmeras. Nesta fase do projeto, o investimento na capital é de 6 milhões, totalizando 13 milhões investidos até o momento.
Quem passa diante da câmera, aprova. “Dá uma sensação de segurança mas quando saímos da frente delas (câmeras) os ladrões aproveitam”, afirma a vendedora Maria Soares Pires, de 55 anos.