Campanha de vacinação para cachorros e gatos

Jornal da Tarde - Terça-feira, dia 1º de agosto de 2006

ter, 01/08/2006 - 11h04 | Do Portal do Governo

‘No mês do cachorro louco’, ações em todo o Estado

MARC TAWIL, m.t@grupoestado.com.br

O mês é do “cachorro louco”, mas, desde 2001, agosto tem trazido boas notícias para a Saúde. Em 2006, o Estado de São Paulo comemora cinco anos sem nenhum caso de raiva humana. Para manter a escrita, até setembro as prefeituras paulistas realizam campanhas de vacinação para cães e gatos.

O Instituto Pasteur, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, programou a distribuição de 6,1 milhões de doses da vacina aos 645 municípios, além de seringas, agulhas e cartazes. “Em 2005 foram imunizados contra a raiva no Estado 4,8 milhões de cães e 679 mil gatos. Neste ano, estamos enfatizando a vacinação de gatos porque, por serem predadores, estão mais sujeitos a morder um morcego contaminado”, afirma Neide Takaoka, médica sanitarista e diretora do instituto.

Neide diz que a preocupação se justifica principalmente por causa da mudança no perfil epidemiológico da raiva em São Paulo. Até o final da década de 1990, os cães eram responsáveis pela transmissão da maioria dos casos em humanos, papel que passou a ser desempenhado pelos morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue).

Levar os gatos é tão importante quanto os cachorros. Para se ter idéia, no ano passado não houve nenhum caso de cachorro ou gato com raiva, mas sim mais de 100 morcegos infectados.

Neste ano, a expectativa é vacinar 3% a mais de cães (previsão de 5 milhões) e gatos (900 mil). A vacinação nos postos é um fenômeno de classe social, lembra Neide: pessoas mais abastadas preferem levar seus pets a lojas especializadas.