Campanha de vacinação contra pólio acaba hoje

Correio Popular - Sexta-feira, dia 1º de setembro de 2006

sex, 01/09/2006 - 11h42 | Do Portal do Governo

Até a última quarta-feira, 82,02% das crianças haviam recebido dose

Carla Martella

DO COSMO ON LINE

carlam@rac.com.br

Termina hoje em todo o Estado, o prazo para vacinação contra a paralisia infantil. Os pais ou responsáveis de crianças com idade abaixo dos cinco anos têm até o final da tarde para levar seus filhos a uma unidade de saúde mais próxima e garantir a imunização contra a doença. Em Campinas, um balanço parcial divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta que até a última quarta-feira foram aplicadas 60.281 doses da vacina Sabin, o que representa 82,03% do total de crianças na faixa etária esperada.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Minicipal de Saúde de Campinas, a enfermeira Brigina Kemp, o município vem mantendo um patamar de imunização nos últimos anos, mas o índice tem sido sempre abaixo do esperado. Segundo a coordenadora, o balanço final desta segunda fase não deverá atingir a meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 95%. Brigina acredita que o índice de cobertura vacinal desta segunda fase da campanha deverá ficar próximo do do ano passado, que foi de 86%. Na primeira fase da campanha, realizada em junho deste ano, 82,88% das crianças foram vacinadas.

Brigina atribui a baixa adesão à vacina ao fato de a paralisia infantil ser uma doença erradicada no Brasil. “Quando a doença está no cotidiano, ela impressiona e faz com que as pessoas busquem a vacina”, afirmou.

A prorrogação foi recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os municípios que não conseguiram atingir a meta da OMS. Para Brigina, a prorrogação da campanha ajuda a melhorar o índice, mas não representa um grande salto na cobertura. “Para o próximo ano queremos promover grandes mudanças nas estratégias da campanha.”

A poliomelite é uma doença viral aguda, cujo quadro clínico se caracteriza por febre, mal-estar, dor de cabeça, distúrbio gastrointestinal e rigidez na nuca, acompanhado ou não de paralisia. A doença pode levar à morte.