Agora São Paulo
O Ministério da Saúde faz a primeira etapa da campanha de vacinação contra paralisia infantil neste sábado, das 8h às 17h. Crianças de até cinco anos devem ir a um posto de saúde para receberem duas gotinhas da vacina Sabin, que previne a infecção. “Os pais devem levar seus filhos mesmo que a caderneta de esteja em dia”, lembra Andréa Torres Sanajotta, médica da divisão de imunização da Secretaria de Estado da Saúde. Uma nova dose deve ser tomada no dia 25 de agosto.
O objetivo do governo é imunizar 95% de toda população com até cinco anos, o que representa 3,1 milhões de crianças em São Paulo. A vacina é única forma de prevenir a paralisia, que está erradica no Brasil desde 1989 -o último caso notificado foi na Paraíba. “Países da África e da Ásia ainda têm endemia da poliomielite, que pode chegar ao nosso país com viajantes contaminados.”
Além das campanhas, todas criança devem receber doses da Sabin aos dois, quatro e seis meses de vida. É preciso tomar dois reforços: com um ano e meio e com cinco anos. “Não há risco de problemas mesmo que a o pequeno tenha acabado de ser imunizado. A chance de ter uma reação adversa é quase nula.”
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa que, na grande maioria do casos, é assintomática, o que facilita sua transmissão. Porém, nos casos em que há complicações, não existe cura, apenas tratamento das seqüelas. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), que tem campanha especial para erradicação do vírus no mundo, a cada 200 infecções, uma leva à paralisia, principalmente das pernas. Dentre esses casos, de 5% a 10% dos doentes morrem pois os músculos responsáveis pela respiração param de funcionar.
No sábado, as crianças também poderão receber outras doses que estejam em atraso, como Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite), Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e contra a hepatite B.
