Cai a mortalidade infantil em São Paulo

Jornal da Tarde - São Paulo - Segunda-feira, dia 16 de agosto de 2004

seg, 16/08/2004 - 9h08 | Do Portal do Governo

A região com melhor índice em 2003 foi a de Ribeirão Preto, com 10,6 mortes por grupo de mil. Já a Baixada Santista teve índice de 20,4, o pior do Estado

O governador Geraldo Alckmin anunciou ontem que o Estado teve, em 2003, o menor índice de mortalidade infantil da história. Em 1995, morriam 24,6 mil crianças a cada mil nascidas vivas. Já no ano passado, foram 14,8 mil – o que representa uma redução de 39,8%. O levantamento foi feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

‘A assistência ao recém-nascido, expansão do saneamento básico e campanhas de vacinação são os principais motivos apontados pelo estudo para a queda da taxa. A diminuição tem sido constante’, disse o governador.

Com esse índice, o Estado tem taxa de mortalidade infantil abaixo da média da região Sudeste, que é de 25,7 para cada mil crianças e de 34,8 de média brasileira, segundo dados do IBGE de 1998.

A região com melhor índice em 2003 foi a de Ribeirão Preto, com 10,6 mortes por grupo de mil. Já a Baixada Santista teve índice de 20,4, o pior do Estado. Segundo Alckmin, o motivo é o saneamento básico da região, onde apenas 53% do esgoto é tratado. Ainda assim, houve uma significativa diminuição em relação a 95, quando houve 33,7 mortes. Na semana passada, Alckmin confirmou o financiamento do Japan Bank for International Cooperation, no valor de US$ 192 milhões, para a obras de Saneamento da Baixada Santista.

Osasco teve proporcionalmente a maior redução de mortes no Estado, e é também a região com menor taxa de mortalidade na Grande São Paulo, 13,8. A mais alta é a de Franco da Rocha, com 19,8. A Capital ficou com 14,2. ‘Logo estaremos em um dígito, que é a média européia’, afirmou o governador.

Complicações no final da gestação ou na primeira semana de vida são as principais causas da mortalidade infantil, com 55,9% dos casos. Em seguida estão as más formações congênitas, problemas no aparelho respiratório e doenças infecciosas e parasitárias. A morte por outras causas totaliza 12,4%.

O anúncio foi feito na manhã de ontem, durante comemoração de 60 anos do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste. ‘Estou muito feliz e orgulhoso em estar aqui e poder divulgar o menor índice de mortalidade infantil da história de São Paulo. Sem falar no nascimento do bebê Giovanni, que, atingiu a marca de meio milhão de crianças nascidas nesta maternidade.’ O Hospital criou um centro para humanizar os partos e reduzir a cesariana, uma das maiores causas de mortalidade infantil.