SP TV 1ª Edição
O Instituto Butantã tem nova unidade para fazer pesquisas na capital. São seis laboratórios reunidos num só espaço e de onde saem remédios e vacinas para muitos males.
Quem mais contribui nestas pesquisas são os animais. Ratos e serpentes que são colocados à serviço da saúde.
O camundongo observado no microscópio não está morto, está anestesiado. Assim, deitado contribui para a pesquisa que caminha em busca da cura.
“Nós testamos aqui uma substancia de um dos nossos animais e eu constatei que era um antiinflamatório, hoje patenteado e já em processamento por uma indústria farmacêutica”, conta Mônica Ferreira, pesquisadora.
O ratinho recebeu uma dose de um produto que pode um dia virar um remédio. Agora as imagens mostram como a corrente sanguínea dele reage depois de aplicada a substância.
“Podemos aqui encontrar e passar para o desenvolvimento, moléculas que podem se transformar em medicamentos para áreas importantes de doenças como do sistema respiratório, sistema cardiovascular e até no tratamento do câncer”, afirma Solange Serrano, pesquisadora.
Para aprimorar o trabalho de pesquisas o centro aplicado do Instituto Butantã recebeu a injeção de sete milhões de dólares.
O resultado foi a integração, no mesmo lugar, de seis laboratórios empenhados em tirar das temidas presas, medicamentos e, mais do que isso, corrigir uma grave doença da ciência brasileira.
Antigamente, uma substância descoberta aqui o Brasil ia para outros países, como os Estados Unidos, para ser desenvolvida. Só depois disso, tornava-se um remédio registrado lá fora e vendido pelos estrangeiros.
Desde 2000 isso vem mudando. Em sete anos, oito produtos descobertos e desenvolvidos aqui, já foram licenciados.
O sucesso da pesquisa fez com que 17 representantes da indústria farmacêutica visitassem os laboratórios hoje. Eles vieram em busca dos produtos que podem chegar às prateleiras amanhã.
“É a oportunidade da empresa brasileira para poder investir no desenvolvimento farmacêutico, com todo o produto natural que o Brasil pode fazer e os especialistas brasileiros contribuindo para isso”, diz Antônio Carlos Camargo, diretor do laboratório.