Brasil será base de exportação da Toyota

O Estado de S. Paulo - 14/6/2002

sex, 14/06/2002 - 10h31 | Do Portal do Governo

Montadora quer vender 35% da produção do novo Corolla na América Latina e no Caribe

INDAIATUBA – O Brasil deverá se transformar na base de exportação do novo Corolla, da Toyota, para a América Latina e países do Caribe. O modelo foi lançado ontem pela montadora japonesa, que pretende exportar para a região o equivalente a mais de 35% da capacidade de produção da fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, de 57 mil unidades por ano.

‘O Brasil será a base de exportação do modelo para a América Latina e Caribe, um ângulo-chave da política da matriz’, afirmou o presidente da Toyota do Brasil, Hiroyuki Okabe, durante a solenidade de inauguração da ampliação da fábrica, que contou com as presenças do presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Geraldo Alckmin.

As exportações do novo Corolla serão iniciadas em agosto, com remessas de CKDs (veículos desmontados) para a Venezuela e de automóveis completos para a Argentina. Segundo o diretor-superintendente de Marketing e Vendas da Toyota do Brasil, Luiz Carlos Andrade, o mercado venezuelano deverá receber 10 mil unidades por ano. A Argentina comprará inicialmente em torno de 200 carros por mês. ‘Em situação normal o mercado argentino absorveria mais de 10 mil unidades por ano, mas agora vamos aguardar antes de fazer previsões.’

Outros países como Chile, Equador e mercado do Caribe devem importar do Brasil a partir de 2003, substituindo as importações do modelo antes feitas da matriz no Japão.

A fábrica de Indaiatuba ampliada deverá adotar o segundo turno de produção no próximo ano, o que poderá elevar a capacidade para 5 mil veículos por mês e agregará mil empregos à unidade. Hoje, a fábrica opera em um turno e tem capacidade para 2,5 mil Corollas por mês.

A Toyota quer uma participação de 10% no mercado brasileiro em 2010. Para isso, deverá produzir um novo modelo em Indaiatuba, mas ainda não tomou nenhuma decisão sobre essa possibilidade, que demandaria investimentos adicionais.

Em 2001 a Toyota produziu 14,6 mil unidades do Corolla e do jipe Bandeirante, que parou de ser fabricado. As vendas somaram 25,3 mil veículos, incluindo os importados Hilux (da Argentina), Lexus e Camry.

Para aplicar US$ 300 milhões na ampliação da fábrica, a montadora obteve linha de crédito de R$ 200 milhões do BNDES. (AE).

Carla Franco