Bom Prato de Santos já produziu mais de 280 t de comida

A Tribuna - Terça-feira, dia 24 de outubro de 2006

ter, 24/10/2006 - 11h43 | Do Portal do Governo

Da Reportagem

  O restaurante popular Bom Prato, montado na Cidade em uma parceria do Governo do Estado com a Prefeitura, completa um ano hoje. Contando com gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) e da Secretaria de Estado da Agricultura, o local atrai 1.200 pessoas por dia, que é o seu limite diário de refeições.

  Administrado pela Organização Não-Governamental (ONG) Estrela do Mar, o restaurante está proporcionando mudanças à área onde está localizado — o Mercado Municipal.

  ‘‘Sem dúvida, ele (o Bom Prato) está ajudando a revitalizar o local. Além disso, a Prefeitura também está montando um projeto específico para o Mercado, o que vai ajudar mais ainda nesta alteração’’, observou o secretário municipal de Assistência Social, Carlos Teixeira Filho.

  Com refeição balanceada de 1.600 calorias, cada prato do restaurante popular custa R$ 1,00 para o consumidor e R$ 2,25 para o Estado. ‘‘Prima-se pela qualidade deste alimento, que é preparado por uma equipe de cerca de 20 funcionários’’, revelou o administrador do local, Armando Duarte Freitas.

  A equipe conta com nutricionista, auxiliares gerais, auxiliares de cozinha e funcionários administrativos. ‘‘A refeição, seja ela qual for, sempre tem arroz, feijão, uma carne (vermelha, frango ou peixe), um acompanhamento (legume ou verdura), salada, farinha de mandioca, pão, uma fruta, uma sobremesa e um copo de 200 ml de suco’’, explicou Freitas.

  Ainda segundo o administrador do local, desde a sua inauguração até o último dia 29 de setembro, o Bom Prato havia produzido quase 281 toneladas de comida.

  Diariamente, o padrão de produção é de 65 quilos de feijão; 120 quilos de arroz; 150 quilos de carne vermelha e, em média, 300 quilos de frango ou de peixe. Para fazer toda esta comida, até as panelas têm que ser enormes. ‘‘Temos uma caldeira, que não é a maior, mas comporta 40 quilos de algum alimento de uma só vez’’, comentou Freitas.

  O fornecimento dos produtos é feito pela empresa Seiva e, uma vez por semana, integrantes da Secretaria de Estado da Agricultura fiscalizam os procedimentos no local. ‘‘Abrimos às 10h30 (mas há pessoas na fila desde as 9 horas) e fechamos por volta das 13 horas, quando chegamos ao nosso limite de 1.200 refeições do dia’’.

Perfil

  Carlos Teixeira Filho disse que a Seas está terminando de tabular os resultados de uma pesquisa sobre o perfil socioeconômico e alimentar dos frequentadores do Bom Prato.

  ‘‘As informações foram coletadas entre os dias 1º e 30 de junho deste ano, e envolveram mil pessoas’’. O objetivo, segundo ele, é aperfeiçoar ainda mais o atendimento. A pesquisa foi feita pela Coordenadoria de Equipamentos de Desenvolvimento Social (Codeso/Seas), com participação de estagiários de Nutrição da Universidade Católica de Santos (UniSantos).

  Apesar da pesquisa ainda não estar concluída, Teixeira Filho adiantou que 69,6% dos frequentadores são homens e 30,4% são mulheres. ‘‘As pessoas com idade entre 31 e 40 anos são 23,9% dos fregueses do Bom Prato. Já 20,2% são compostos por pessoas com idade entre 21 e 30 anos’’.

  Com relação ao nível de escolaridade, o secretário antecipou que a maioria (47,2%) tem Ensino Fundamental. Já 23,6% têm Ensino Médio e 11,2%, Superior. Apenas 1,7% é formada por analfabetos. Teixeira Filho comentou também que a maioria dos frequentadores tem renda individual entre R$ 300,00 e R$ 600,00 por mês (35,8%).

  ‘‘Já 23,4% ganham entre R$ 601,00 e R$ 900,00 por mês e somente 4,4% recebem cerca de R$ 1.500,00 mensais’’. Outros 22%, ainda conforme o secretário, possuem renda individual mensal de até R$ 300,00.

  Ele adiantou ainda que 27% são trabalhadores de carteira assinada; 21,2% são aposentados e 14,8% integram o grupo dos autônomos (incluindo trabalhos informais).