Blitz contra garupa reduz crime

O Estado de São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 2008

seg, 04/08/2008 - 15h58 | Do Portal do Governo

Para reduzir a criminalidade nos Jardins, área nobre da capital, a polícia passou a utilizar duas estratégias: as blitze contra motoqueiros com carona na garupa e a ronda a pé nas imediações dos bancos em dias de maior movimento. Tem dado certo. O número de roubos e furtos – comuns e de veículos – caíram no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A redução da violência na região é importante porque, segundo a polícia, os Jardins é um “pára-raio” da criminalidade na cidade por causa do padrão financeiro dos moradores e das pessoas que circulam por lá atraídas por escritórios, bancos, restaurantes, bares e hotéis.

Estatísticas do 78º DP (Jardins) e da 1ª Companhia do 7º Batalhão da PM mostram que a maior redução se deu nos casos de furtos comuns. Entre abril e junho, foram 1.086 ocorrências neste ano contra 1.437 em 2007 – diminuição de 24%. Com queda de 21%, o furto de veículos também se destaca como índice positivo – 139 casos no segundo trimestre deste ano ante 176 no mesmo período de 2007.

O número de roubos comuns apresentou queda de 16% – 286 registros contra 340 no segundo trimestre do ano passado. O roubo de veículos, no entanto, teve variação pequena (3%), ao passar de 40 casos no ano passado para 39 neste ano. Os homicídios caíram, mas, de tão reduzidos, não têm valor estatístico. Dois assassinatos foram registrados no segundo trimestre de 2007, ante um deste ano.

“Montamos a estratégia com base em um estudo das ruas e avenidas utilizadas pela criminalidade. Então, começamos a delimitar os locais e as prioridades”, explica o delegado-titular do 78º DP, José Roberto Pedroso. O mapeamento serviu para a realização das blitze, como a Operação Garupa. Nesses bloqueios, os policiais costumam revistar o motoqueiro que leva carona.

PERIGO

Os locais mais perigosos, segundo a PM, são as Avenidas Paulista, Brasil e 9 de Julho, a Rua Estados Unidos e a Alameda Santos. “Toda semana, reavaliamos os pontos”, explica o comandante do 7º Batalhão, o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada. As blitze da Polícia Militar entre abril e junho resultaram em 8.610 abordagens, 68 pessoas conduzidas à delegacia, 63 prisões e 7 armas apreendidas. Para Telhada, a instalação de 18 cabines na Avenida Paulista e no entorno também foi outra estratégia positiva.

O Estado de São Paulo