Operação foi realizada ontem pelo Ipem no trecho de Paulínia
Fabiana de Oliveira
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
Dos 30 veículos que transportam cargas perigosas inspecionados na manhã de ontem pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem), pelo menos 30% apresentaram irregularidades. A blitz aconteceu das 8h às 12h na Rodovia General Milton Tavares de Souza, no Km 135, entre Paulínia e Cosmópolis e contou com o apoio da Defesa Civil de Campinas, Paulínia e Cosmópolis, além do suporte dos policiais rodoviários. Embora esteja dentro da média esperada pelos fiscais, o índice registrado ainda é considerado alto, segundo informou o assistente técnico e chefe do posto de inspeção de Paulínia do Ipem, Josias Barbosa.
Entre a lista de irregularidades mais comuns encontradas nos caminhões estão as lanternas quebradas, pneus danificados e setas queimadas. “São os mais comuns, no entanto, encontramos casos mais graves, que são os de vazamento. Estes são perigosos, porque um acidente com um veículo deste é muito mais perigoso do que com qualquer outro veículo”, afirmou Barbosa. A inspeção provocou uma redução no fluxo da rodovia que costuma registrar em torno de 3 mil veículos por dia.
A última inspeção realizada na região aconteceu no ano passado e o número de irregularidades também foi considerado alto. “É essa média mesmo que esperamos, mas realmente está muito alta. E isso não cai com o tempo, infelizmente. Todos os anos temos esse resultado”, disse Barbosa. Todos os veículos irregulares foram notificados e tiveram os certificados apreendidos, podendo apenas descarregar a carga. Após 15 dias, os proprietários dos veículos receberão um auto de infração para que o setor jurídico decida a multa que será aplicada, segundo o Ipem.
Barbosa atribui a culpa tanto aos proprietários de caminhões irregulares quanto aos motoristas. “É o dono quem recebe a multa, mas quem dirige também tem responsabilidade, porque é a vida dele que está sendo colocada em risco também”, disse.
Durante uma das inspeções, um veículo que transportava óleo combustível apresentou vazamento no tanque e um dos pneus danificados. “Essa capa do pneu provavelmente vai soltar e furar esse tanque. É muito perigoso.” O motorista, que se identificou apenas como José, disse que não sabia das irregularidades e que apenas estava cumprindo um serviço de entrega. “Meu caminhão está em Limeira, não aqui. Vou só entregar essa carga”, justificou. Segundo um dos fiscais, essa irregularidade é considerada gravíssima, mas a carga seguiu para o destino e o dono do caminhão receberá multa.
