Bilhete único: validadores no Metrô

Jornal da Tarde - Quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

qui, 08/12/2005 - 12h35 | Do Portal do Governo

Começam a ser instalados hoje nas estações Trianon/Masp, Clínicas, Consolação e Brigadeiro (todas da Linha 2) os primeiros equipamentos do projeto inicial de integração de ônibus, trens e metrô. Ainda não há data para que os validadores entrem em funcionamento. O valor do novo bilhete ainda não foi denifido

BRUNO TAVARES

Os primeiros validadores do bilhete único começam a ser instalados hoje em quatro estações da Linha 2 (Ana Rosa-Vila Madalena) do Metrô. Se as previsões se confirmarem, a partir de amanhã passageiros já poderão ver os equipamentos junto às catracas das estações Trianon/Masp, Clínicas, Consolação e Brigadeiro. Ainda não foi definida uma data para a colocação dos validadores na Linha C (Jurubatuba-Osasco) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos CPTM – outra que fará parte do projeto inicial de integração de ônibus, trens e metrô.

Os aparelhos – iguais aos utilizados hoje nos ônibus municipais – ficarão em cima das catracas, em posição horizontal. Para evitar que usuários se confundam e tentem passar seus cartões magnéticos, o Metrô colará adesivos informando que os validadores ainda estão fora de operação. Nesta primeira etapa, serão instalados 26 dos 46 equipamentos destinados às oito estações da Linha 2.

De acordo com o chefe do Departamento de Operações do Metrô, Mário Fioratti, a estação Trianon/Masp será a primeira a receber os validadores. ‘Alguns acessos dessa estação fecham mais cedo, por volta de 22h. Iremos começar nesses pontos’, comentou. Na segunda-feira à noite, será a vez das outras quatro estações da Linha 2: Ana Rosa, Paraíso, Vila Madalena e Sumaré. Em seguida, começa a fase de testes – prevista para durar cerca de uma semana.

Embora a Prefeitura e o governo do Estado ainda não tenham estipulado uma data para o início da operação comercial, tudo indica que o sistema estará pronto para funcionar às vésperas do Natal. O valor da tarifa, no entanto, ainda é uma incógnita. Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Público ANTP, Rogério Belda, o bilhete continuará custando R$ 3,60 (por esse preço, o passageiro faz hoje uma viagem de metrô e outra de ônibus).

‘Inicialmente, a vantagem não estaria no preço, mas na possibilidade de fazer quatro viagens de ônibus em duas horas e embarcar no Metrô ou na CPTM’, diz Belda. Na opinião dele, o governo do Estado tem um dilema nas mãos. ‘Não é possível prever se haverá um aumento da demanda e qual o impacto disso no sistema de trens e metrô. Acho que eles irão agir com cautela. Primeiro cuidarão da integração e só depois ajustarão o valor da tarifa’, completou.