SPTV 2ª Edição
A economia nas passagens é motivo de satisfação. Mas a integração do transporte provocou um efeito colateral: o metrô está cada vez mais lotado.
Protegido por uma capinha ou preso por um cordão ele está sempre à mão. A auxiliar administrativa Vilma é fã de carteirinha. “Eu moro na Cidade Ademar e utilizo Bilhete Único para ir para o trabalho, passear e ir ao centro como estou indo agora”, conta.
Com o Bilhete Único integrado, o passageiro pode pegar um trem ou metrô e mais três ônibus dentro de um prazo de duas horas pagando o total de R$ 3,50.
Mais barato e também mais prático. “A firma que eu trabalho deposita e eu carrego”, conta a auxiliar de limpeza, Elisângela da Silva.
Dos passageiros que pagam para utilizar o metrô, 71% usam o bilhete único. A idéia da integração com os trilhos funcionou e mais pessoas passaram a ter acesso a este tipo de transporte. A popularização, positiva, claro, também tem seus reflexos. Desde que o Bilhete Único Integrado foi implantado o movimento no metrô aumentou em 22%.
Trens mais lotados, empurra-empurra nas plataformas e filas para embarque. Uma pesquisa mostra que o metrô continua sendo o meio de transporte de maior aceitação entre os passageiros. Mas o índice vem caindo. Em 2006, a aprovação era de 92%. Em 2007, caiu para 87%. “A superlotação do metrô esta sendo enfrentada pelo governo com novos investimentos. Até 2010 teremos 51 novos trens no sistema”, diz o diretor de assuntos corporativos do Metrô, Sérgio Avelleda.
O vendedor ambulante Oswaldo dos Santos não trabalha no metrô, mas arrisca um palpite para acabar com a superlotação. “Eu acho que precisaria ter mais linha ou ser mais rápido”, diz.