Bilhetagem eletrônica será implantada este ano na RMC

Correio Popular - Campinas - Quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

qua, 12/01/2005 - 8h57 | Do Portal do Governo

A unificação dos sistemas regular e da Orca foi definida em reunião realizada entre a EMTU e empresas

Ângela Kuhlmann
Da Agência Anhanguera

A bilhetagem eletrônica deverá ser implantada na Região Metropolitana de Campinas (RMC) até o final deste ano. O primeiro passo para a unificação dos sistemas – tanto regular como do Operadores Regionais Coletivos Autônomos (Orca) – foi dado em reunião realizada ontem entre o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes, e representantes das 10 empresas que operam o transporte regular na região. Nas próximas semanas, serão convocados os operadores do Orca.

No plano apresentado ontem está prevista a unificação de todo o sistema, formado por 458 veículos do transporte regular e 228 do Orca. Os dois sistemas transportam uma média diária de 184 mil passageiros num total médio de 4,8 milhões por mês entre os 19 municípios da RMC.

Os empresários receberam a incumbência de formar o mais breve possível um grupo executivo com membros da Secretaria de Transportes Metropolitanos, da EMTU, e de representantes das empresas com três atribuições básicas: formatar um consórcio entre as dez empresas para viabilizar a operacionalidade da receita do sistema integrado, estudar as fases de implantação e criar um Sistema de Gestão de Informação com acesso à EMTU, gerenciadora do sistema. Para Lopes, a medida é inevitável ainda que haja algum tipo de resistência e será implantada nas três regiões metropolitanas sob responsabilidade da EMTU (São Paulo, Baixada Santista e Campinas).

Como principais vantagens ele destaca a diminuição do dinheiro em circulação nos veículos, a facilidade de aquisição do Vale Transporte e Passe Escolar e a possibilidade, mais a longo prazo, de promover a integração com sistemas de transportes municipais. “O benefício é tanto para o empresário como para o usuário que, em lugar de portar vários cartões de empresas distintas, poderá utilizar apenas um para suas viagens entre as 19 cidades da RMC”, afirmou Lopes.

Como as tarifas são diferenciadas e calculadas por quilometragem, haverá a necessidade de criar um fundo de titularidade (espécie de câmara de compensação) para repasse de valores de cada percurso à empresa utilizada por cada passageiro. “Os próprios empresários devem estudar e buscar um sistema operacional entre os vários disponíveis no mercado. Como alguns deles já têm experiência em bilhetagem eletrônica, já implantada em empresas do sistema municipal de Campinas, não deverá haver dificuldade para a implantação no prazo planejado pela EMTU”, revelou Lopes.

Segundo ele, o ressarcimento do usuário na eventual perda ou furto do cartão, um melhor controle da evasão de receita e da utilização dos benefícios são outras das vantagens da unificação, no entanto, ele não soube estimar o total do investimento necessário a ser feito pelos empresários para que a bilhetagem eletrônica vire realizada na RMC.

O gerente de relações com a imprensa da Rápido Luxo, Paulo Barddal, afirmou que a reunião de ontem foi a primeira sobre esse assunto e que, portanto, os empresários acreditam ser prematuro qualquer avaliação ou comentário. De acordo ele, está marcada para a próxima terça-feira uma outra reunião, desta vez somente entre as permissionárias, para um estudo mais aprofundado do plano apresentado pela EMTU.