Barra Funda: praça de comida no terminal de trens

Jornal da Tarde - São Paulo - Sábado, 13 de novembro de 2004

sáb, 13/11/2004 - 14h59 | Do Portal do Governo

Dos 14 quiosques montados no setor da Estação Barra Funda que fica em cima dos terminais da CPTM 12 vendem comida. Outras 28 estações de trem também possuem quiosques que vendem alimentos

Aryane Carao

Pedaços de pizza, chocolates, salgados, biscoitos amanteigados, café, pastel. Quem passa pela Estação Barra Funda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já não tem mais o que reclamar sobre a falta de alimentos à venda. Ontem, foram abertos os primeiros quiosques de um total de 14 – a maioria de alimentos.

Na próxima semana, os gestores destes boxes vão analisar se é possível abrir mais oito lojas – a área total disponível é de 630,7 m². ‘Temos a preocupação de que o quiosque não atrapalhe o fluxo de passageiros. Vamos colocar cones (nos futuros espaços) para ver se não há afunilamento’, conta Marco Bodini, diretor da Trianon, concessionária gestora dos quiosques na Barra Funda e no Brás. Por dia útil, passam pela estação 250 mil pessoas.

Dos 14 quiosques, 12 são dedicados à alimentação (há até banca de frutas). ‘Quem acorda às 4h quando passa pelo terminal tem fome. É quase uma atividade complementar ao serviço da CPTM. Há uma série de pessoas que desmaia de fome nos trens’, explica Bodini, sobre a preferência por alimentos. Mas também há cabines de recarga de celulares e quiosque com serviço de assistência técnica e venda de acessórios para celulares. Está nos planos abrir uma revistaria e um de bijuteria.

No Quiosque Biscoitos Finos, as quatro atendentes quase não davam conta da quantidade de clientes à tarde – sempre havia pelo menos cinco consumidores. Quantos compradores ao todos? ‘Umas mil pessoas’, arriscou, em tom de brincadeira. a funcionária Valéria Dias, 18 anos. No Celular Service, que presta assistência técnica e vende acessórios, 10 pessoas fizeram compras e 50 tiraram dúvidas.

Boa parte dos usuários aprovou a novidade. ‘Ficou ótimo. É fácil para comprar’, diz a pensionista Conceição Mendes, 73 anos. Para a fisioterapeuta Leda Silveira, 22 anos, os quiosques são convenientes. ‘Às vezes você quer comer alguma coisa e não tempo de parar em um lugar’, diz ela. ‘Demoraram para fazer alguma coisa aqui’, foi a reação da funcionária pública Irany Gomes, 46. Mas há quem não aprove. ‘Não acho boa idéia. Mas aqui já tem muito tumulto e isso vai facilitar para que aconteçam mais furtos’, opina a aposentada Celeste Mendes, 53.

Outras 28 estações da CPTM possuem quiosques. ‘São vendidos 5.200 cachorros-quentes por dia, 700 pastéis e 4.500 cestinhas de frutas’,conta Bodini. A próxima estação a comercializar espaços deve ser a Luz, mas por licitação.

A Barra Funda também já está em clima de Natal. Papais-Noéis já estão enfeitando a estação.