A Secretaria de Estado da Saúde convoca as mulheres em período de amamentação a doar o leite excedente. Durante o mês de julho, as doações caem cerca de 20% devido ao inverno e às férias, de acordo com a secretaria.
As interessadas em fazer a doação devem entrar em contato com o banco de leite mais próximo para se cadastrar. As interessadas, então, deverão apresentar o cartão de acompanhamento pré-natal e passar por uma avaliação.
As coletas são realizadas pelas próprias doadoras, em casa. Os profissionais do banco de leite orientam as mães sobre como proceder para retirar e armazenar o alimento, que é recolhido a cada semana da casa da doadora.
De acordo com Maria José Guardia, coordenadora dos bancos de leite do Estado, o alimento deve ser mantido sob refrigeração enquanto não for levado ao banco.
“A doadora terá de marcar o dia em que fez a coleta, pois o prazo para que o leite seja encaminhado para a pasteurização é de 15 dias. Depois de pasteurizado, a validade é de seis meses”, explica.
Ao chegar ao banco, o leite passa por um rigoroso controle de qualidade e só depois de aprovado é liberado para consumo. O leite doado atende os bebês prematuros ou doentes que, por alguma razão, não podem se alimentar diretamente no seio materno.
O Ministério da Saúde incentiva o uso do leite humano como alimento exclusivo de bebês nos seis primeiros meses. O leite protege as crianças contra infecções respiratórias, diarreia, diabetes e alergias.
No entanto, a mãe também se beneficia com a doação. De acordo com Maria José, uma série de doenças podem ser evitadas. “Quanto mais a mulher amamenta, menores são as suas chances de desenvolver cânceres de mama e de ovário.” Segundo a coordenadora, a doação provoca o mesmo efeito e ainda ajuda a mãe a perder peso com mais rapidez.