Empréstimos concedidos pelo Banco do Povo beneficiaram ano passado 1.368 famílias da cidade com repasses que têm projetado micro e pequenos negócios.
Gente como o aposentado Ernesto Maria Alves, 77, que em dezembro decidiu financiar R$ 830 para comprar uma máquina de fazer caldo de cana. Instalou o equipamento em casa, já está atendendo e quer aumentar a renda.
‘Da aposentadoria ganho um salário mínimo, que não dá para nada. Agora vamos ver se aumento isso. Num dia bom, dá para tirar até uns R$ 20’, diz.
Alves mora na zona norte e vai pagar o empréstimo em 18 vezes, com parcelas de R$ 51,60. Considera ter feito um bom negócio, por causa do juro baixo.
Assim como ele, no ano passado 76,9% dos empréstimos do Banco do Povo foram direcionados a profissionais informais, o que representa 1.052 financiamentos.
‘Abrir contratos para novos negócios que estavam iniciando a atividade ajudou a aumentar a procura’, diz o secretário da Indústria e Comércio, Hélio Beneti.
O músico Rogério Plaza Silva, 21, ficou sabendo do Banco do Povo pela televisão. Em dezembro foi até a agência e emprestou R$ 4.710 para comprar um piano digital.
‘Precisava de outro equipamento para melhorar a qualidade, principalmente no estúdio de gravação’, diz.
O músico, que desde os 14 anos toca e faz shows em shoppings e bares da cidade, vai pagar o empréstimo em 18 parcelas e espera reaver o investimento um ano.
RECORDE
Segundo Hélio Beneti, dos 1.368 contratos formalizados no ano passado, 928 foram direcionados a pessoas do sexo masculino, enquanto 440 para mulheres. Em 2002, as mulheres somaram 27% dos empréstimos, com 240 contratos.
A agência de Marília foi a melhor colocada no ranking estadual pela segunda vez consecutiva. E também teve o melhor agente captador.
Em 2003, o Banco do Povo Paulista também bateu recorde de volume emprestado, com R$ 1.553.501,00, contra R$ 809 mil do ano anterior.