Estado de SP bateu a cifra de R$ 17,35 bilhões em 2001, a maior cotação em sete anos
Estudo realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado mostrou que o valor da produção agropecuária do Estado de São Paulo foi de R$ 17,35 bilhões em 2001, com aumento de 10,78% em termos reais (descontada a inflação) em comparação com o ano anterior. Foi o maior valor e o segundo melhor desempenho relativo dos últimos sete anos – em 1998, o crescimento real foi de 10,85%, segundo o IEA.
A principal fonte de crescimento do valor total foi o aumento dos preços dos produtos (13,21%), uma vez que a produção apresentou aumento moderado (4,59%). O estudo considerou 46 produtos agropecuários, divididos em cinco grupos: produtos vegetais para indústria (aumento de 22,05% no valor da produção), produtos animais (crescimento de 13,35%), grãos e fibras (acréscimo de 16,86%), olerícolas (mais 1,76%) e frutas frescas (mais 34,54%).
De acordo com a pesquisa, a conjunção de fatores favoráveis resultou em significativas altas de preços de produtos de exportação, como a cana-de-açúcar, a laranja, a carne de frango e a soja. Por outro lado, para alguns produtos, como o milho e o café beneficiado, os resultados foram negativos.
Pecuária
A produção animal paulista teve melhor desempenho em 2001 do que no ano anterior, segundo outro estudo do IEA. A área de pastagem ampliou-se em 2,54% (para 10,35 milhões de hectares). A pastagem cultivada teve acréscimo de 2,25%, para 8,71 milhões de hectares.
Por sua vez, a pastagem natural encolheu 6,91%, para 1,59 milhão de hectares. O rebanho bovino atingiu 13,15 milhões de cabeças (acréscimo de cerca de 250 mil cabeças sobre o rebanho do ano 2000). Destes, o número de bovinos de corte cresceu 2,59%, para 6,9 milhões de cabeças; o rebanho leiteiro caiu 2,07%, para 1,7 milhão de cabeças, considerando 1999 e 2000.
A produção de frango vivo para abate aumentou 21,45% (para 1,24 milhão de toneladas). O plantel de aves para postura chegou a 37,18 milhões de cabeças (mais 2,73%), mas a produção de ovos diminuiu 1,48% (para 942 mil dúzias).
Por fim, o rebanho suíno foi 10,10% superior ao de 2000, com 1,68 milhão de cabeças. A produção de carne suína cresceu um pouco mais (11,82%), para 149 mil toneladas.
