Aulas enriquecidas com tecnologia

Do Jornal da Tarde

Aulas enriquecidas com tecnologia Aulas na rede pública com conteúdo de tevê a cabo e internet. Essa é a experiência que os estudantes Verônica Rodrigues Ciscato e Vinícius Antonio Pedro têm na Escola Estadual Oswaldo Aranha, no Brooklin, Zona Sul, onde cursam o Ensino Médio.

A instituição é atendida desde 2004 pelo projeto Escola Modelo, que fornece acesso à internet banda larga e à tevê a cabo, bem como a capacitação de professores para enriquecerem o trabalho pedagógico. São 16 instituições atendidas e a Oswaldo Aranha é considerada piloto do programa, fruto de uma parceria da TVA com a Samurai Projetos Especiais, a Fundação Victor Civita, a Bit Company e a rede de cafeterias Starbucks.

“Deveria haver projetos como esses em todas as escolas do Brasil porque a internet e a tevê a cabo chamam muito a atenção da turma. Agora, ninguém tem mais desculpa para deixar de pesquisar os trabalhos que os professores pedem para a gente”, afirma Vinícius. Ele, que gosta muito de ler e sonha ser engenheiro, conta que está com notas cada vez mais altas. “Melhorei porque além de discutir o tema em aula, posso pesquisar na internet e assistir um documentário sobre o assunto”, opina.

Para sua colega Verônica, o projeto é uma forma diferente de aprendizado para estudantes que não têm computador em casa. “É um estímulo para quem tem preguiça de estudar, pois sai do modelo tradicional lousa e giz”, opina. “E nos possibilita ficar sempre atualizados”, diz ela, que pretende trabalhar na área de design.

Maria Carolina Jerônimo, diretora da escola, afirma que o projeto só trouxe benefícios até agora. “Diminuiu a evasão escolar e os professores estão cada vez mais envolvidos.”

Pensando em levar esses resultados a outras escolas, Amilton de Lucca, diretor da TVA, e Carlos Rocha, presidente da Samurai, apresentaram ontem o projeto à secretária de Estado da Educação, Maria Lúcia Vasconcelos. “A iniciativa é ótima porque o modelo obteve êxito na realidade”, afirmou. O plano dos executivos é que em 4 anos 6 mil escolas tenham, cada uma, um projeto semelhante instalado em suas dependências. Outra idéia é que as escolas tenham “pontos digitais” para acesso pago à internet e, assim, tenham mais uma fonte de recursos para gestão do programa. “A idéia é replicá-lo se for juridicamente possível”, declarou a secretária durante a visita à Sala para Educação Integrada, onde ficam os equipamentos.

Lucca anuncia que o projeto já está em fase de expansão. “Estamos contatando escolas para iniciar a capacitação dos professores e a instalação dos equipamentos deve começar no segundo semestre deste ano.” Para ele, o projeto é bem-sucedido porque o conteúdo é bastante atraente para os jovens. “É uma linguagem mais próxima do que eles vêem fora da escola e que eles querem muito conhecer.”

PROGRAMA EM EXPANSÃO