Apta Citrus promove reunião sobre greening

O Estado de S. Paulo - Quarta-feira, 28 de julho de 2004

qua, 28/07/2004 - 9h13 | Do Portal do Governo

Evento, no dia 12, é aberto a citricultores e a todos os interessados na nova doença dos laranjais

TÂNIA RABELLO

Citricultores interessados em conhecer mais sobre o greening, a nova doença que se instalou nos pomares de citros paulistas, poderão comparecer, no dia 12 de agosto, ao Centro Apta Citrus, em Cordeirópolis (SP). Na ocasião, a Secretaria de Agricultura paulista apresentará as ações para o combate à nova doença, além de um boletim informativo e manual técnico sobre o greening. No mesmo encontro, será realizada reunião da Câmara Setorial da Citricultura.

O diretor do Centro Apta Citrus, Marcos Antônio Machado, adianta que, normalmente, nos países da Ásia e da África nos quais a doença já ocorre, uma das medidas de controle mais utilizadas é a erradicação da planta. ‘O greening debilita muito rapidamente o citro; em cerca de um ano, um ano e meio, a planta morre’, explica. ‘A queda de produção é imediata, por isso a planta já não é viável economicamente e ainda pode se tornar um centro de contaminação.’

Mapeamento – Em São Paulo, a Secretaria de Agricultura, juntamente com o Fundecitrus, vem mapeando os talhões com sintomas, realizando testes com vetores e fazendo podas sanitárias para controle da doença. O greening já foi constatado, até agora, em 14 municípios da região central do Estado.

Outra medida preventiva, segundo Machado, é a mesma recomendada para qualquer outro tipo de doença citrícola: comprar mudas isentas da doença – provocada pela bactéria Candidatus liberibacter -, adquiridas em viveiros telados e certificados, além de realizar o controle químico do inseto-vetor do greening, o Diaphorina citri. Esse inseto, um psilídeo, alimenta-se da seiva da planta (floema, sistema vascular responsável pelo transporte de nutrientes), depositando aí a bactéria. ‘Ainda está sendo discutido, porém, qual será o tipo de controle químico. Este, aliás, será um dos assuntos debatidos no dia 12’, explica Machado.

Controle biológico – Na África, já há o controle biológico do inseto-vetor. ‘Estamos agora formando forças-tarefa para chegarmos à melhor forma de controle.’ O inseto-vetor do greening é endêmico no Estado de São Paulo desde a década de 60; só não estava contaminado com a bactéria do greening.

Os principais sintomas na planta atingida são esverdeamento e amarelecimento das folhas das árvores, crescimento reduzido e deformação dos frutos, comprometendo a columela (porção central branca da fruta). As frutas também caem com mais facilidade, afetando a produção.