Sílvio Bressan
Símbolo do descaso e desperdício de administrações anteriores, o prédio do antigo Instituto da Mulher, agora Instituto Dr. Arnaldo, deve se transformar no carro-chefe do governador Geraldo Alckmin para a área de saúde. Depois de ficar no esqueleto durante 14 anos e consumir R$ 96 milhões dos R$ 120 milhões previstos, o prédio de 23 andares e 100 metros de altura teve sua construção retomada em 1994 e deve ser concluído até 2006. Até lá, vai custar mais R$ 100 milhões para virar o segundo maior hospital público do Estado.
Atrás apenas do Hospital das Clínicas, complexo ao qual será integrado, o Instituto Dr. Arnaldo vai oferecer, em 82 mil metros de área construída, 726 leitos, pouco menos do que todos os 897 leitos entregues pelo governo em 2003 e 2004. Ao contrário do plano original, que previa o atendimento exclusivo de mulheres, o novo instituto será mais amplo.
Além de obstetrícia, ginecologia e neonatologia, o prédio também abrigará ambulatórios e centros cirúrgicos de transplantes, gastro e oncologia. Serão 46 leitos de observação, 68 para as UTIs, 46 para transplantes e 416 para internações, além de 117 berços de UTI e 33 poltronas para hemodiálise e quimioterapia.
ECONOMIA
Como novidade, o prédio do hospital terá equipamentos de última geração e recursos sofisticados para a economia de água e energia. Graças a isso será possível, por exemplo, reciclar a água da chuva e do ar condicionado para utilizá-la na lavagem das ambulâncias. Um sistema computadorizado vai monitorar o uso de água e energia.
Até 31 de janeiro, o governo pretende concluir a primeira parte da obra, com o levantamento das paredes. Nessa etapa serão consumidos 6.797 metros cúbicos de concreto e 366 toneladas de aço. Na quarta-feira, 29 de dezembro, 725 homens trabalhavam no local. Uma nova licitação está sendo feita para a última etapa do projeto, o acabamento e equipamento do prédio, que deve ser concluído na metade de 2006.
