Alunos da Unesp conhecem entidade de SP

Jornal da Manhã/Marília

ter, 02/06/2009 - 9h19 | Do Portal do Governo

Viajam hoje para São Paulo 30 alunos de pedagogia da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Todos da habilitação em educação especial. Eles vão conhecer entidades que atendem pessoas com deficiência na capital, sendo auditiva, visual, física ou intelectual. O objetivo é ampliar a informação dos acadêmicos.

Os 30 alunos em todas as áreas da educação especial vão conhecer entidades que lidam com diferentes tipos de deficiência durante dois dias em São Paulo. O Cape (Centro de Apoio Pedagógico Especializado) é uma delas. Foi criada em 2001 para oferecer suporte ao processo de inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais da rede estadual de ensino.

Os alunos ainda visitam a Laramara, Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual: cegos, com baixa-visão ou múltipla deficiência. Trata-se de um espaço de referência no trabalho em parceria com a família, escola e comunidade para a promoção do processo de aprendizagem e desenvolvimento.

A ACD, Associação de Assistência à Criança Deficiente, que visa a reabilitação e a inclusão social, e o Instituto Hellen Keller, para surdos, também estão na programação da viagem. “É uma oportunidade importante de estender o horizonte de informações dos alunos, que não podem ficar com o conhecimento apenas local. É preciso conhecer de perto o desenvolvimento de outros formatos de trabalho, fora de Marília”, mencionou a professora do departamento de educação especial, Mary Profeta, membro da Comissão de Organização de Viagens de Estudos.

A Comissão foi instituída na Unesp em 1999 é a responsável pela atividade. Segundo Profeta, conhecer entidades que lidam com diferentes deficiências vai ao encontro da mudança no paradigma da educação especial. A partir de 2010 não vai haver mais este termo e sim educação inclusiva.

A mudança significa que os acadêmicos não mais optarão por aprofundar conhecimentos em um tipo de deficiência. Haverá disciplinas dentro do curso de pedagogia que transmitam conhecimento sobre as quatro deficiências: visual, auditiva, intelectual e física.

Os alunos com necessidades especiais serão acolhidos em salas regulares e os professores terão que compreender e lidar com suas deficiências, sejas elas quais forem. Mary Profeta teme pela qualidade do ensino, já que haverá menos condições de aprimoramento por parte do professor na deficiência escolhida. No entanto, ela salientou que a Unesp vai tentar aprofundar o máximo possível as informações dos acadêmicos. A visita a diferentes entidades faz parte desse processo.