Agora São Paulo
Os alunos da rede estadual de ensino reprovados no provão aplicado anteontem e ontem terão duas aulas de recuperação por semana, durante 50 minutos, em horário diferente do período de aulas normais. O provão, que em algumas escolas foi aplicado em dois dias e concluído ontem, foi aplicado aos 3,6 milhões de alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e das três séries do médio.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, que elaborou os testes, as aulas acontecerão duas vezes por semana e terão 50 minutos de duração cada uma. Os horários e os dias da recuperação serão definidos pela própria escola, que deverá respeitar a disponibilidade de professores e estudantes. As turmas serão definidas pelos docentes e não poderão ultrapassar o número de 20 alunos.
O reforço, com ênfase em matemática e português, está programado para durar cerca de 45 dias. Mas nada impede que o governo o estenda, se necessário, ao mês de julho, quando os estudantes já estarão em férias.
De acordo com a pasta, todos os professores do reforço passarão, antes, por uma capacitação, sendo treinados por uma equipe da própria secretaria. Cerca de 3,6 milhões de jovens de escolas estaduais participaram do provão, cujos testes, de português e matemática, chegou a vazar na internet durante o último final de semana.
Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), foram feitas denúncias de que as provas haviam sido enviadas para e-mails de alguns professores e também que estariam sendo impressas em papelarias de Birigüi (a 518 km de SP).
Mesmo com o suposto vazamento, a secretaria não cancelou os testes e não alterou seu conteúdo. Na ocasião, a pasta alegou que não haveria necessidade de anulação, pois o objetivo dos testes não é aprovar alunos.
Além do provão realizado anteontem, outras medidas estão sendo tomadas pelo governo. Até sexta-feira, por exemplo, todos os diretores da rede de ensino estadual deverão responder a um questionário da secretaria.
O formulário deverá servir como base para uma pesquisa de mapeamento dos problemas das 5.537 escolas estaduais.
