EDITORIAL
Merece apoio a recomendação que a Secretaria Estadual de Educação vem fazendo aos concessionários de cantinas de sua rede escolar, no sentido de que deixem de vender aos alunos alimentos gordurosos ou industrializados, de alto teor calórico. O apelo tem base em pesquisa realizada em todo o Estado, cujos resultados apenas atestaram o que todo mundo sabe, isto é, a total inadequação, para as crianças e jovens, dos comestíveis oferecidos nesses pontos de comércio.
É um problema, este, que a nosso ver deveria ser encarado com mais rigor, em caráter de exigência de política de saúde. Do jeito como muitas cantinas funcionam, elas são um incentivo aos maus hábitos alimentares e um fator de estímulo à obesidade e demais doenças decorrentes. Trata-se de um campo em que precisa haver disciplina e controle, da parte das famílias e das escolas. Nesse contexto, a restrição à venda de itens impróprios pode desagradar aos alunos e reduzir o movimento dos comerciantes, mas não resta dúvida de que é uma medida sensata e necessária.
Em Santos, há lei específica que impõe regras às cantinas dos colégios particulares. Cabe às autoridades verificarem periodicamente se está sendo cumprida ou não, pois, se não houver fiscalização, a tendência é de que seja ignorada.
