Aliança com PT é absurda, diz Serra ao jornal O Estado de S. Paulo

O Estado de S.Paulo - Terça-feira, 24 de abril de 2007

ter, 24/04/2007 - 12h02 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

O governador José Serra classificou como absurdas as suposições de que estaria articulando uma frente com o PT para ser o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2010. “Estou ocupado em governar direito São Paulo. Desde janeiro, sempre que falei com algum representante do governo federal foi para tratar de assunto do Estado”, afirmou ontem o governador ao Estado.

Serra ironizou a especulação de que pudesse ceder a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado para ganhar apoio à Presidência: “A tese é uma alucinação nos meios e nos fins”, afirmou, dizendo que o PSDB não assistiria a essa hipótese sem reagir. Garantiu que nem conhece o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), apontado pelas fontes da informação como um de seus interlocutores na suposta aproximação com o PT, que e só conversou com o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara, uma única vez, em telefonema sobre a votação do Fundeb.

O governador afirmou que as especulações “não se sustentam porque o presidente Lula não deixaria a Presidência antecipadamente para disputar o governo do Estado”. E opinou: “Acho que o absurdo dessa hipótese revela a falta de seriedade do conjunto.” Ele disse não achar correto antecipar 2010: “Aliás, não é ainda hora de discutir nem 2008”, observou.

Serra perguntou “a quem interessa essa boataria toda”. E respondeu: “Seguindo o rastro do interesse, talvez se chegue à origem. De uma coisa estou certo: quem falou essas mentiras, aliado meu não é; pela própria natureza da fantasia, é coisa de inimigo”, disse.

Para o tucano, a relação dos governadores de oposição com o governo tem de se pautar pelo diálogo: “É claro que a gente tem de conversar; se eu, Aécio, Cássio, Ieda ou Teotonio falarmos com o presidente, isso não quer dizer cooptação. Temos de tratar de assunto do interesse administrativo de nossos Estados.” E afirmou que o PSDB “está fazendo oposição no lugar certo, no Congresso”.