Do Diário de S. Paulo
É impossível falar sobre álcool sem lembrar os malefícios que ele pode causar para a saúde das pessoas, principalmente em relação ao desenvolvimento de certas doenças, como cirrose alcoólica, insuficiência hepática alcoólica e a hepatite alcoólica. Estatísticas confirmam um dado alarmante: os jovens estão cada vez mais entre os consumidores de álcool.
Levantamento do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas) mostra que a idade média das pessoas que procuram por ajuda especializada para combater a dependência está entre 30 e 40 anos. No entanto, o início do consumo de bebida alcoólica se dá predominantemente entre 12 e 18 anos.
Já uma pesquisa do Instituto Ibope, feita a pedido do governo do estado, apontou que 18% dos adolescentes entre 12 e 17 anos bebem regularmente. Essas informações nos trazem um alerta, sobre como é importante conscientizar a população da perigosa relação entre os adolescentes e álcool. Esse comportamento pode acarretar sérios problemas de saúde na adolescência e, posteriormente, na vida adulta.
O álcool é uma substância irritante e o seu contato constante provoca lesões em diferentes órgãos do corpo humano. Por isso, é motivo de celebração a nova lei estadual que proíbe a venda e o consumo de álcool por adolescentes em bares e outros estabelecimentos no estado de São Paulo.
É preciso apertar o cerco contra o comércio ilegal de bebidas a menores de idade, que é crime, além de coibir o consumo por crianças e adolescentes. O objetivo é evitar o acesso de jovens a substâncias psicoativas que causam dependência.
Tudo isso reforça a esperança de garantirmos uma vida mais saudável para a nossa população, tornando o jovem de hoje um adulto sem vícios e evitando, assim, doenças graves e até mesmo óbitos em decorrência do abuso de bebidas alcoólicas.
Marta Jezierski é diretora do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.