Alckmin participa de blitz em postos

Jornal da Tarde - Quarta-feira, 27 de abril de 2005

qua, 27/04/2005 - 9h00 | Do Portal do Governo

CAMILLA HADDAD

O governador Geraldo Alckmin participou ontem da primeira Operação De Olho na Bomba depois da entrada em vigor, no último dia 21, da lei que determina a cassação da inscrição estadual de postos, distribuidores e transportadoras flagrados com combustível adulterado. A blitz fiscalizou 18 postos.

Deste total, quatro apresentaram irregularidades no combustível vendido, segundo balanço da Secretaria de Estado da Fazenda. A ação teve o apoio de 180 policiais civis, três laboratórios móveis do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), além do Procon. Hoje a fiscalização continua.

O Posto K2, na Rua Santa Cruz, na Zona Sul, foi o primeiro a ser vistoriado. Ali, as três bombas de álcool foram lacradas por apresentar irregularidades. Já a gasolina estava dentro dos padrões da Agência Nacional do Petróleo ANP. O proprietário, que não estava no local, deverá pagar R$ 13 mil por crime contra o consumidor.

No segundo endereço, o Auto Posto Aro, na Rua 28 de Setembro, na mesma região, foram detectadas duas irregularidades: indício de adulteração na gasolina e problema de metrologia na medição da bomba, ou seja, o volume de combustível colocado no tanque do carro do cliente era sempre menor do que a quantidade que a bomba marcava. Além da lacração das bombas, o posto recebeu duas multas, uma do Procon, no valor de R$ 5.800, e outra do Ipem, no valor de R$ 5.000.

No Posto CSP, na Rua Eliseo de Castro, terceiro e último visitado pelo governador, não houve problemas. ‘Isso quer dizer que tem gente séria trabalhando e vendendo produto de qualidade. Mas tem também verdadeiras quadrilhas que são montadas para lesar o consumidor’, disse Alckmin.

Em cada fiscalização são coletadas três amostras, de um litro cada. Uma será levada para análise no Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT. A outra fica no posto e a terceira, com o Estado até o fim do processo. Se o laudo do IPT apontar irregularidades, o proprietário terá cinco dias para recorrer e fazer nova análise.

A Operação De Olho na Bomba pretende fazer visitas surpresas nos 9.300 postos de gasolina espalhados pelo Estado.