Alckmin libera R$ 2 mi do Coliseu

A Tribuna - Santos - Segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

seg, 03/01/2005 - 9h13 | Do Portal do Governo

Da Reportagem

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que vai liberar até sexta-feira a última cota de recursos devidos pelo Palácio dos Bandeirantes à Prefeitura de Santos no processo de restauração do Teatro Coliseu.

O valor do repasse será de R$ 2 milhões — segunda parcela da cota de R$ 4 milhões empenhada em 2004 pelo Departamento Estadual de Apoio às Estâncias (Dade).

‘‘Não tem sentido demorar tanto a entrega do Teatro Coliseu’’, afirmou Alckmin ontem pela manhã, ao participar do lançamento da Campanha Verão Limpo 2005, na Praia do Gonzaga. ‘‘Quero liberar (as verbas) até sexta-feira e encerrar a novela (do Coliseu)’’.

A liberação dos R$ 2 milhões está emperrada desde o final do ano passado.

A novela da restauração do Coliseu — um dos principais prédios do Centro Histórico de Santos — dura mais de dez anos. Só nos últimos oito anos do Governo Mansur (1997-2004), o Governo do Estado empregou R$ 14 milhões, que chegarão a R$ 16 milhões se o repasse prometido ontem por Alckmin se confirmar.

O Coliseu foi uma das principais pautas das conversações mantidas ontem entre Alckmin e o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB).

Segundo Papa, que tratou do tema com o governador no início da manhã, a Prefeitura prestou contas de todos os recursos do Dade empregados no Coliseu — uma eventual falha na justificativa dos gastos impediria o repasse.

Da conversa sobre o teatro, participou também o secretário-adjunto de Estado da Cultura, Edmur Mesquita (PSDB).

Mesquita e Alckmin disseram que trabalham com a hipótese de reinaugurar o Coliseu ainda no primeiro semestre — provavelmente, entre março e abril.

SAÚDE

O Coliseu não foi o único tema tratado entre Alckmin e Papa, na primeira visita do governador durante o mandato do prefeito peemedebista.

Papa conversou com Alckmin sobre um impasse jurídico que impede a Secretaria de Estado da Saúde de repassar recursos a Santos.

‘‘É uma antiga pendência numa prestação de contas de recursos empregados no Hospital dos Estivadores’’, disse o prefeito.

A pendência data de 1996 e não foi resolvida pelo ex-prefeito Beto Mansur. ‘‘É um total de R$ 620 mil’’, explicou o ex-diretor regional de Saúde, Ricardo Di Renzo, que assumiu ontem o Departamento de Hospitais e Pronto-socorros da Secretaria Municipal de Saúde.

Por conta da inadimplência na prestação, Santos ficou sem receber R$ 350 mil relativos à programação de verão da Secretaria do Estado da Saúde.

O problema na prestação de contas só pode ser resolvido se a Prefeitura pagar os R$ 620 mil. No entanto, conforme o governador Geraldo Alckmin, o débito ‘‘pode ser parcelado’’.

Na visita de ontem a Santos, que contou com a presença da maioria dos novos prefeitos da Baixada Santista, Alckmin prometeu ‘‘aprofundar a parceria’’ com as prefeituras.

Mas não afirmou se aumentará, neste ano, o total de investimentos feitos pelo Governo do Estado na região. ‘‘Nós vamos analisando projeto por projeto, e à medida do possível, vamos avançando’’.

O governador voltou a dizer que a Sabesp deve concluir até junho a licitação das obras de saneamento básico financiadas pelo JBIC — um total de R$ 900 milhões.

‘‘As obras vão começar no segundo semestre’’, afirmou o governador. O projeto de saneamento prevê a implantação de 1.200 quilômetros de rede de esgoto tratado nas nove cidades da região. As obras beneficiarão cerca de 125 mil residências.