Alckmin inicia segunda fase do Projeto Tietê

O Estado de S. Paulo - Sábado, 25 de janeiro de 2003

sáb, 25/01/2003 - 11h09 | Do Portal do Governo

Prioridade é construção de tubulações para levar esgoto das casas até estação de tratamento

Bárbara Souza

Com um investimento de US$ 400 milhões, dos quais US$ 200 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apresentou ontem o início da segunda fase do Projeto Tietê. Esta etapa da obra dá prioridade à construção de tubulações que ligam as casas às estações de tratamento de esgoto. ‘O grande presente que todo paulistano gostaria de ter é saneamento básico e estamos começando a entregá-lo hoje’, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vistoriou o trecho ontem.

A Sabesp apresentou a interligação de dois trechos do interceptor Pinheiros-6, uma tubulação com mais de 18 quilômetros de extensão que, quando concluída, levará 3 mil litros de esgoto por segundo para a Estação de Tratamento de Barueri. Os trechos que serão interligados têm 160 metros de extensão e 3,5 metros de diâmetro cada.

A expectativa é de concluir toda a fase 2 até 2005. Ao ser finalizada, a obra terá impacto maior sobre o meio ambiente.

Oxigênio – ‘Estimamos que o Tietê passe a ter 1,5 miligrama de oxigênio por litro até o fim dessa fase’, acrescentou o governador. Hoje, o nível de oxigênio é zero, o que impede a existência de vida no rio. ‘Mesmo assim, os peixes já estão subindo, eles estão a 40 quilômetros daqui’, disse o secretário de Recursos Hídricos e presidente da Sabesp, Mauro Arce.

O total da obra, que terá 1.200 quilômetros de redes coletoras e 107 quilômetros de coletores-tronco, deve ser entregue com a capacidade de coletar 90% e tratar 80% do esgoto da região metropolitana.

Depois dessa etapa, que praticamente acaba com o lançamento de esgoto residencial e industrial, o projeto passará a lutar contra o que a Sabesp chama de poluição difusa, ou seja, apostar na educação para evitar o lançamento de dejetos nas águas. ‘É uma situação complicada, que ocorre em todo o mundo. A gente faz esse esforço enorme e na primeira chuva aparecem os entulhos’, disse Arce.