Marcos de Moura e Souza
O Estado de S. Paulo – Domingo, 22 de junho de 2003
Prédio de 23 andares na Dr. Arnaldo, abandonado há quase dez anos, terá 735 leitos
Depois de quase dez anos de paralisação, as obras do Instituto da Mulher, do Hospital das Clínicas, serão finalmente retomadas, confirmou ontem o governador Geraldo Alckmin, que visitou o local. A expectativa do governo do Estado é de que a conclusão do esqueleto de concreto de 23 andares na Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste, ocorra no início de 2006. O instituto terá 735 leitos. Um prédio anexo, cuja construção também foi abandonada, deve ficar pronto já em março do ano que vem. Ali, deverá passar a funcionar a sede do Centro da Vigilância Sanitária.
‘Foram retomadas todas as obras paradas. Tínhamos 16 esqueletos de concreto comom este. Este é o último desses prédios que falta ser concluído’, disse o governador.
A conclusão do hospital, como antecipou o Estado, terá um custo estimado em R$ 170 milhões. Entre R$ 80 milhões a R$ 90 milhões deverão ser gastos na obra física. O restante, na compra e instalação de equipamentos.
‘Já foram gastos nessa obra aproximadamente R$ 100 milhões’, disse o secretário do Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, que acompanhou o governador na visita ao futuro Insituto da Mulher. Ele disse que o prédio anexo, a ser concluído, deverá abrigar a Vigilância Sanitária, o único dos departamentos da secretaria que não está ainda instalado na região.
Os projetos executivos do insituto devem ser concluídos dentro de quatro meses, quando então será aberta a fase de licitação para a construção. As obras devem levar 24 meses.
O Instituto da Mulher terá três objetivos de atendimento, segundo explicou Alckmin. Oferecer atendimento nas áreas de ginecologia e obstetrícia, tratamento de casos de câncer, além de um departamento dedicado à realização de transplantes de órgãos.
‘A abertura de novos leitos vai aliviar muito o Hospital das Clínicas, que tem 2.100 leitos hoje’, disse o governador. Os serviços de saúde oferecidos pelo instituto, afirmou Alckmin, serão referência nacional e estarão abertos para toda a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
