Um outro contrato garantirá reforma de estradas paulistas
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assina no domingo dois contratos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A solenidade será realizada às 17h30 no Palácio dos Bandeirantes e contará com a presença do presidente do BID, Enrique Iglesias.
Um dos contratos refere-se ao Programa de Erradicação de Cortiços, que também está sendo implantado em Santos. O Estado receberá US$ 34 milhões (cerca de R$ 92 milhões) do BID para a primeira fase de obras.
O Governo de São Paulo fará, em contrapartida, um aporte de US$ 36 milhões (cerca de R$ 97 milhões 500 mil) no programa, que visa à melhoria de moradias na Baixada Santista e em Campinas, bem como à reforma de zonas de cortiços nas áreas centrais das cidades.
O total do financiamento para este projeto é de U$ 110 milhões (R$ 298 milhões), sendo U$S 60 milhões (R$ 162 milhões) do Governo Estadual e U$S 50 milhões (R$ 135 milhões 500 mil) do BID. O resto da verba será liberado assim que for terminada a primeira etapa do projeto.
O segundo empréstimo autorizado, também do BID, soma US$ 120 milhões (R$ 330 milhões) e se destina a financiar a recuperação de 4,2 mil quilômetros de rodovias estaduais. O Governo Paulista dará uma contrapartida de valor igual ao do empréstimo.
O projeto contempla recapeamento, terceira faixa e acostamento, além de obras de segurança nas pistas. Estão no programa de recuperação de rodovias a Mogi-Bertioga, que faz a ligação de Mogi das Cruzes ao Litoral.
Será beneficiada também a SP-55, que vai de Ubatuba, passando por Caraguatatuba, São Sebastião, Bertioga, até a Cônego Domênico Rangoni (ex-Piaçagüera-Guarujá).
Construção
Segundo o deputado estadual Edmur Mesquita (PSDB), a construção dos primeiros apartamentos na área desapropriada pelo Estado na Rua João Pessoa, destinados às famílias que vivem em cortiços, será iniciada no último trimestre deste ano.
O deputado, que obteve a informação com o vice-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Paulo Maschietto, apontou que é primeira vez que o programa de cortiços será instalado fora dos limites da Capital. ‘É justificável a participação de Santos, pois 1.300 famílias vivem em condições absolutamente indignas’.
Depois da conclusão do projeto executivo, que deve acontecer no prazo de 60 dias, de acordo com Mesquita, será aberta a concorrência para a contratação da empresa que realizará a obra.
Os técnicos da CDHU estão preparando o esboço do Decreto de Interesse Social (DIS) para desapropriação de um terreno na Rua Amador Bueno e de outras duas áreas na Avenida São Francisco. ‘Nas três glebas serão construídos 210 apartamentos. É mais uma boa notícia para a batalha pela erradicação dos cortiços’.
