Obras da ligação entre a Luz e a Vila Sônia podem começar em setembro ou outubro
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai assinar na terça-feira contrato no valor de US$ 209 milhões com o Banco Mundial (Bird) para o financiamento da primeira etapa da Linha 4 do metrô, que ligará a Luz, centro, à Vila Sônia, zona oeste. Alckmin viaja para Washington, onde fica a sede do Bird, na segunda-feira.
O início da obra da Linha 4, ou Linha Amarela, está previsto para setembro ou outubro, mas isso depende do andamento da licitação. A ligação Luz-Vila Sônia terá 14 quilômetros e capacidade para 900 mil passageiros por dia.
Alckmin considera a Linha 4 a mais importante da Companhia do Metropolitano, porque vai promover a integração com outras três linhas do metrô (Norte-Sul, Leste-Oeste e Paulista) e com a ligação Osasco-Jurubatuba da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O custo do empreendimento é de US$ 1,262 bilhão. O empréstimo do Bird destina-se à primeira etapa da obra, que representa cerca de 80% do total e foi orçada em US$ 934 milhões.
Alckmin disse que, além dos US$ 209 milhões do Bird, está negociando um empréstimo do mesmo valor com o banco japonês J-Bic. Os recursos devem ser liberados no segundo semestre.
Tesouro – A expectativa do Executivo é obter outros US$ 190 milhões da iniciativa privada. O Tesouro estadual entrará com cerca de US$ 320 milhões. ‘Na realidade, a maior parte da obra será financiada pelo governo, já que os recursos provêm de empréstimos.’
A primeira fase da concorrência internacional já terminou, com a pré-qualificação de 12 grupos. ‘Agora entraremos na última fase: de propostas técnicas e preços’, explicou Alckmin. ‘Se não houver recurso, terminada a concorrência poderemos iniciar a obra. É imediato porque o dinheiro já estará disponível.’
No domingo, Alckmin receberá no Palácio dos Bandeirantes o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, para a assinatura do contrato de outros dois empréstimos, no valor total de cerca de US$ 150 milhões, para a recuperação de rodovias e erradicação de cortiços. O governador explicou que está prevista a recuperação de 2 mil quilômetros de rodovias. O Programa de Erradicação de Cortiços, por sua vez, prevê intervenções na Grande São Paulo, em Santos e em Campinas.
Jô Pasquatto
Agência Estado
