Cesar Giobbi
A primeira-dama do Estado, Maria Lúcia Alckmin, está a toda com a preparação da Campanha do Agasalho, que será no dia 17. Ela está empenhada em convencer a imensa população de doadores a dar, principalmente, roupas novas ou aproveitáveis. Aquelas que são normalmente separadas para um parente em dificuldades ou para os filhos das empregadas. A iniciativa da primeira-dama não é só para dignificar quem recebe, mas porque muita coisa doada não pode ser aproveitada.
É claro que o Fundo Social de Solidariedade recicla tudo o que recebe. As toneladas de roupas são enviadas para um depósito e separadas por voluntários. O que está em bom estado é distribuído. Mas, por exemplo, cuecas e meias velhas não são repassadas. Acabam sendo separadas e vendidas a quilo para fábricas de estopa. Na última campanha foram encontradas muitas roupas sem botões.
Quem deu, resolveu poupar em botões! Ou seja, em vez de doar uma solução, doa um problema.
Então, só para lembrar: a Campanha do Agasalho não é uma cesta de lixo para dar uma limpada no guarda-roupa. É para vestir com dignidade quem está precisando. Na dúvida, dê cobertores, o item mais necessário.
