Fernando Longo
Detentor de uma infra-estrutura reconhecidamente capaz de bem receber seus visitantes, há muito que o Estado de São Paulo se apresenta como um destino especial, muito além do atraente mundo voltado para os negócios.
E conscientes de nossa atuação à frente da Pasta do Turismo, resolvemos estabelecer alguns parâmetros para melhor desempenhar nossas funções, envidando esforços em prol de um interesse comum: o desenvolvimento paulista.
Demos a largada estruturando São Paulo em macrorregiões, convencidos de que o progresso pode ser alcançado ordenando-se o turismo pela base, ao mesmo tempo em que seguimos insuflando a criação dos Conselhos Municipais de Turismo. Deu certo. Houve uma rápida resposta da sociedade e pudemos atingir mais um escalão dos nossos propósitos com o estabelecimento dos Conselhos Regionais de Turismo, que se apresentam como um novo modelo de governança administrativa organizada.
Ao todo, são oito, correspondentes às suas respectivas macrorregiões: Cuesta e Alto Paranapanema; Vertente Oceânica Norte; Vertente Oceânica Sul; Centro-Oeste Paulista; Centro-Norte Paulista; Entre Rios; Estradas e Bandeiras; Capital Expandida. Nelas, estão envolvidos os 645 municípios do Estado de São Paulo.
Nosso discurso é pródigo em destacar a força do turismo regional, em que um município se complementa com os outros em seus produtos, sem risco de competição. É o jogo do ganha-ganha. Simples. Eficiente.
Feito isso, intensifica-se o papel dos novos 442 conselheiros de todo Estado, que têm a responsabilidade de selecionar as melhores proposituras para sua região, sempre com vistas à melhoria da capacitação profissional – recurso essencial quando o tema é turismo.
As atribuições dessas novas entidades não param por aí. São elas que devem universalizar as bases do turismo regional, além de otimizar as relações entre seus membros e aglutinar os Conselhos Municipais na discussão das políticas regionais. Tudo é bem disposto: os integrantes dos Municipais têm assento nos Regionais e estes, por sua vez, no Conselho Estadual de Turismo.
É este arranjo produtivo que faltava no cenário paulista para ampliar o foco da atividade turística do Estado e contribuir, de modo efetivo, para a criação de empregos. Resultado de experiência mundial, a ação regional é extremamente vantajosa na medida em que propaga a própria cultura, o artesanato e a gastronomia, cercando todas as manifestações em benefício de muitos.
Temos como verdadeiro que o crescimento pela regionalização significa o caminho competente para, cada vez mais, expor as vertentes turísticas do Estado de São Paulo.
Fernando Longo – Secretário de Turismo do Estado de São Paulo