A Polícia Militar não está dando sossego para os motoristas que teimam em beber e dirigir.
Do início do ano até abril, a PM fez mais de 650 blitze por mês. A média mensal de pessoas presas por embriaguez ao volante cresceu 50% –foram 51 a cada 30 dias no primeiro trimestre de 2009, e agora são 75.
O salto maior se deu no número de motoristas submetidos ao exame do bafômetro. A média mensal passou de 8.828 testes, em 2009, para 18.848, neste ano.
O aumento se deve a uma mudança de procedimento da PM. Antes, os policiais faziam uma seleção aleatória dos motoristas a serem testados. Agora, todo mundo que passa por um bloqueio deve soprar o aparelho, ainda dentro do carro.
A avaliação não é tão rigorosa, mas, se há algum indício de embriaguez, o condutor é obrigado a encostar o carro e passar por novo exame.
O rigor maior já dá resultados. As mortes no trânsito têm diminuído, embora ainda em ritmo abaixo do ideal. No primeiro trimestre deste ano, o número de homicídios culposos (sem intenção) no trânsito caiu 21% na capital, em comparação com o mesmo período de 2007.
O resultado é muito bom, e não surpreende. Não é o rigor exagerado da lei seca –que já considera embriagada uma pessoa que tenha tomado mais de dois chopes– o que inibe os abusos. É a garantia de punição.
A presença maior da PM nas ruas para fiscalizar o consumo de álcool faz muita gente pensar duas vezes antes de beber e dirigir. O que é bom para todos.
