A malha viária de 1º Mundo e o desenvolvimento

Correio Popular - Campinas - Sexta-feira, 29 de abril de 2005

sex, 29/04/2005 - 9h27 | Do Portal do Governo

Editorial

Investimentos de R$ 360 milhões, pelas concessionárias, para melhoria das estradas da região de Campinas, significam a consolidação da excelente qualidade do sistema; motoristas criticam preço dos pedágios

O pacote de investimentos das concessionárias da malha viária da região de Campinas, anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), abrange obras importantes e atinge R$ 360 milhões em dois anos. As melhorias são significativas e absorverão 40% do total dos investimentos previstos pelas sete concessionárias que administram três mil quilômetros de rodovias no Estado.

Pela eficácia já materializada nesse sistema, e pela importância das obras programadas, como a seguir se constata, é de se perceber que a privatização tem-se revelado altamente profícua para a economia, benéfica para a população em geral e especialmente os motoristas, significando um indiscutível salto de qualidade, para o transporte no Estado.

Mesmo não sendo previstas, agora, obras nas estradas vicinais, e, em termos de pedágios (cujo reajuste é previsto a partir de julho) em vários trechos os motoristas reclamarem da tarifa, a verdade é que esse pacote de obras consolida a qualidade do sistema, por todos enfatizada.

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em pesquisa realizada no ano passado, revelou a excelência de cinco rodovias que atravessam a região de Campinas, inclusive com o primeiro lugar no ranking nacional obtido pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), entre São Paulo e Limeira.

Essa rodovia, privatizada, como as outras quatro, obteve a nota máxima nos três quesitos: principais: pavimentação, geometria (ou seja, traçado) e sinalização. Foram apontadas como destaques, no levantamento, a Rodovia Anhangüera (SP-330), quarta no ranking, a D. Pedro I (SP-65), quinta colocada, e, ainda, trecho da Rodovia Santos Dumont (SP-75) e a Rodovia Adhemar de Barros (SP-340), a Campinas-Mogi Mirim, em 11.º lugar.

Tais destaques foram frisados, pelo governador Alckmin, como evidências de que a privatização correspondeu plenamente, inclusive com a geração de 20,6 mil novos empregos diretos e 72 mil indiretos, e, ainda, reduzindo o índice de acidentes fatais em 60%, nos oito anos de concessão.

Dado que pelas concessões, são previstos reajustes nas tarifas, baseados nos índices de inflação, o governador descartou a não-aplicação deles, porque desse modo o Estado teria de colocar dinheiro público no sistema. É importante a referência feita pelo governador: que as estradas e as melhorias são patrimônios do Estado, “pois ao final da concessão essas estradas voltam para a tutela do governo”.

Como noticiamos, os investimentos previstos incluem obras importantes, como: 1 – quarta faixa na Rodovia dos Bandeirantes; 2 – sete passarelas em trechos das Rodovias Bandeirantes e Anhangüera, na área da Região Metropolitana de Campinas (RMC); 3 – construção de via marginal de 5,5 quilômetros entre Campinas e Sumaré (próxima a Nova Veneza); 4 – reforma e conclusão do trevo da Anhangüera que dá acesso às rodovias que ligam Jundiaí a Itu e a Itatiba; 5 – nova marginal de oito quilômetros, em Jundiaí; 6 – novo trevo na Anhangüera, de acesso a Louveira e 7 – investimento de R$ 6 milhões, pela concessionária Colina, na duplicação da SP-300, entre Jundiaí e Salto.

Enfim, trata-se de obras que darão mais consistência ao sistema viário na região.