A integração plena dos transportes

Correio Popular - Campinas - Quarta-feira, 16 de março de 2005

qua, 16/03/2005 - 9h04 | Do Portal do Governo

EDITORIAL

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) decidiu avançar, em termos de formulação e adoção de planejamento para as questões da área.

Ao fazer realizar o encontro denominado de “Plano Integrado de Transportes Urbanos para 2015 – Pitu – RMC 2015”, a secretaria, cujo titular é Jurandir Fernandes, pôs nova perspectiva de aprofundamento no trato do problema, tendo em vista que os municípios da região precisam contar com um sistema de transporte público que não apresente limitações funcionais.

O secretário Fernandes ofereceu, ontem, no Instituto de Economia da Unicamp, os principais aspectos do plano geral de desenvolvimento do citado Pitu – 2015. Além disso, apresentou para os novos prefeitos da RMC os principais resultados da pesquisa Origem e Destino da RMC

Planejar é articular soluções discutidas e projetadas, no tempo, a partir de aspectos setoriais de um contexto de exigências e problemas que exigem superação racional e eficaz. Há, portanto, planejamentos de maior ou menor abrangência, visando a objetivos mais amplos ou mais restritos, estabelecidos conforme um critério posto pela realidade tratada.

A disposição da STM visa a objetivos amplos, por isso que, por meio do Pitu, está implantando um processo de planejamento abrangente. Esse processo abarca as cinco formas de expressão da questão geral do transporte, por isso que é multifacetado; esse processo de planejamento abrange: 1 – todos os tipos de transporte; 2 – o sistema viário; 3 – o trânsito; 4 – as medidas de gestão e 5 – as políticas de preço. Nessa área do preço o objetivo específico é preparar um novo ciclo de financiamento e implantação de projetos de transporte público regional.

O caráter orgânico e integrado do plano lhe confere um caráter holístico, e portanto visa a conferir eficácia municipal e regional ao transporte. Perceba-se que, bem aplicado, o plano evitará, por exemplo, que determinada alternativa, mesmo que localmente aceitável, não será considerada boa se afetar negativamente a eficácia do sistema como um todo.

Para proporcionar plena integração dos serviços de transporte, o Pitu será concebido em harmonia com os planos e projetos qualificados de transporte, das Prefeituras, que já os tenha posto em prática.

Da forma como foi exposto o plano, por parte do secretário, trata-se de projeto que tem características mais amplas e avançadas do que os projetos até hoje realizados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Dadas essas características, naturalmente se trata também de projeto que tem, um prazo mais longo de implementação.

Segundo as colocações da assessoria da STM, o plano só pode ser posto em prática imediatamente em alguns aspectos. Essa implementação, entretanto, vai depender da vontade e do empenho das prefeituras. Tal disposição é condição determinante da aceleração (ou da pouca velocidade) da concretização da parte do Pitu passível de ser logo realizada.

O que se espera é a participação consistente das municipalidades da RMC.